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PDG Realty tem prejuízo líquido de R$ 1,717 bi

Valor é mais de quatro vezes superior às perdas anotadas no mesmo intervalo do ano passado, quando o prejuízo foi de R$ 403 milhões

PDG (PDG/Divulgação)

PDG (PDG/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de novembro de 2016 às 09h48.

Última atualização em 15 de novembro de 2016 às 10h05.

São Paulo - Próxima de um pedido de recuperação judicial, a PDG Realty anotou um prejuízo líquido de R$ 1,717 bilhão no terceiro trimestre deste ano, mais de quatro vezes superior às perdas anotadas no mesmo intervalo do ano passado, quando o prejuízo foi de R$ 403 milhões. De janeiro a setembro o prejuízo líquido cresceu 260,8% na relação anual para R$ 2,868 bilhões, conforme o demonstrativo financeiro divulgado na madrugada de hoje.

A receita operacional líquida da companhia foi negativa em R$ 84 milhões no intervalo de julho a setembro deste ano, ante uma receita positiva de R$ 551 milhões no mesmo intervalo do ano passado. No acumulado do ano até setembro a receita líquida da PDG foi a R$ 175 milhões, recuo de 89,7% na relação com o mesmo período do ano anterior.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação a amortização) no período analisado ficou negativo em R$ 1,506 bilhão, ante um número também negativo de R$ 164,352 milhões no mesmo período do ano passado. De janeiro a setembro deste ano o Ebitda foi negativo em R$ 2,171 bilhões, ante um Ebitda negativo de R$ 173,018 milhões no mesmo período de 2015. Na prática isso significa que a PDG vem queimando caixa.

No documento que acompanha o seu demonstrativo financeiro a PDG informa que não há decisão quanto às providências a serem tomadas caso não seja possível regularizar seus financiamentos no curto prazo. "A administração continua atuando em outras frentes, em conjunto com seus assessores, para reforçar a liquidez e a estrutura de capital da Companhia, dentre as quais se inclui o esforço de aceleração na venda de ativos", afirma a companhia no documento citado.

A companhia lembra que no âmbito do processo de sua reestruturação da dívida contratou neste mês a RK Partners, mantendo, assim, seus objetivos de reforçar o fluxo de caixa e otimizar a estrutura de capital da Companhia, de modo a preservar a capacidade de cumprimento das obrigações assumidas perante credores e clientes.

Ainda no documento a PDG destaca que está negociando com os bancos credores um acordo que a permita melhorar a sua situação imediata de caixa, assim como cobrir custos e despesas relacionadas à finalização de obras e comercialização de empreendimentos imobiliários. "Recebemos e estamos avaliando as contrapropostas apresentadas pelas instituições envolvidas na renegociação", afirma.

Ao fim do terceiro trimestre do ano a dívida líquida da empresa estava em R$ 5,171 bilhões, estável em relação ao segundo trimestre do ano, mas apresentou uma queda de 13,2% ante o observado um ano antes.

Ainda no documento que acompanha o seu demonstrativo financeiro a PDG destaca que todos os vencimentos previstos para este ano, de aproximadamente R$ 212 milhões, já estão em negociações finais com seus respectivos credores.

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