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PayPal e Google se aproximam com parceria para carteira digital

A parceria permite que os usuários do PayPal conectem suas contas ao Android Pay, a carteira digital do Google

PayPal: o acordo com o Android Pay amplia o alcance do PayPal nas lojas, que Schulman vê como cruciais para fazer os clientes usarem o PayPal com mais frequência (Kiyoshi Ota/Bloomberg)

PayPal: o acordo com o Android Pay amplia o alcance do PayPal nas lojas, que Schulman vê como cruciais para fazer os clientes usarem o PayPal com mais frequência (Kiyoshi Ota/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 18 de abril de 2017 às 21h49.

Seattle/São Francisco - O PayPal e o Google, da Alphabet, aprofundaram a relação com um novo acordo que permite pagamentos por meio de telefones a partir de contas do PayPal em milhares de novos estabelecimentos de varejo.

A parceria permite que os usuários do PayPal conectem suas contas ao Android Pay, a carteira digital do Google, em smartphones que rodam em sua maioria versões do sistema operacional Android.

Isto transforma o PayPal em uma opção de compra quando as pessoas utilizam o Android Pay em estabelecimentos como as farmácias Walgreens Boots Alliance e os restaurantes Dunkin’ Donuts.

O PayPal foi adicionado como método de pagamento para o aplicativo e loja de conteúdo digital Play, do Google, há quase três anos.

O CEO do PayPal, Dan Schulman, tem buscado fechar acordos com bancos, emissoras de cartões de crédito e operadoras de telefonia celular para transformar o PayPal, hoje um botão de pagamentos nos websites, em uma ferramenta financeira versátil usada para efetuar pagamentos nas lojas, transferir dinheiro ao exterior e comprar usando smartphones em qualquer lugar.

O acordo com o Android Pay amplia o alcance do PayPal nas lojas, que Schulman vê como cruciais para fazer os clientes usarem o PayPal com mais frequência do que a média atual de duas a três transações por mês.

“Este é o próximo passo lógico no nosso desejo de nos associarmos a todos nesse ecossistema”, disse Aunkur Arya, vice-presidente sênior da Braintree, uma unidade do PayPal que possibilitou o acordo com o Android Pay.

“Essas parcerias não acontecem se não existe valor de ambos os lados.”

Ainda existe um grande desafio: as contas do PayPal não podem se conectar à Apple Pay, a carteira digital da Apple.

A relação mais forte entre Google e PayPal pode reavivar as especulações a respeito de uma aquisição.

A separação do PayPal da empresa controladora eBay, dois anos atrás, criou a expectativa de que a empresa pudesse virar alvo de companhias de tecnologia ou instituições financeiras em busca de entrar no negócio de pagamentos digitais.

O PayPal processou US$ 354 bilhões em pagamentos por meio de 197 milhões de clientes ativos em 2016.

“Quanto mais de perto eles trabalharem, maior o potencial de uma combinação futura”, disse Gil Luria, diretor de pesquisa da D.A. Davidson & Co.

O PayPal preferiu não comentar sobre a especulação de aquisição e uma porta-voz do Google procurada não estava disponível para comentar.

Os consumidores acostumados a passar cartões de crédito têm sido lentos na adoção das carteiras digitais, que utilizam uma tecnologia chamada comunicação por campo de proximidade para possibilitar transações entre os smartphones e os terminais de pagamento das lojas.

O acordo com o PayPal poderá impulsionar os esforços do Google no campo de pagamentos móveis, que têm avançado de forma irregular.

A iniciativa Google Wallet da gigante de buscas na internet não ganhou força e seu Android Pay enfrenta concorrência da Apple.

Há dois anos, a Samsung Electronics, a maior fabricante de telefones Android, lançou seu próprio sistema de pagamentos, o Samsung Pay, para seus aparelhos.

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