Allen tem diminuído seus investimentos em novos projetos e o consumo desenfreado, atitudes que lhe deram a fama de "extravagante" (.)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.
São Paulo - O 37º homem mais rico do mundo, segundo a Forbes, já não é mais o mesmo. O co-fundador da Microsoft, Paul Allen, se juntou novamente ao colega Bill Gates ao anunciar que destinará sua fortuna para caridade após a sua morte. Conhecido por não economizar na hora das extravagências - afinal o céu e cerca de 13,5 bilhões de dólares são o limite - o bilionário tem mudado seu estilo de vida desde o anúncio de que está em tratamento contra um linfoma, no fim do ano passado.
Afastado do corpo executivo da empresa desde 1983, quando foi diagnosticado com câncer pela primeira vez, Allen informou em comunicado na quinta-feira (15) que a maior parte dos seus bens irá continuar sustentando o trabalho da fundação que leva seu nome e também financiar pesquisas sem fins lucrativos.
Além dos planos filantrópicos recém-anunciados, Allen tem diminuído seus investimentos em novos projetos e o consumo desenfreado, atitudes que lhe deram a fama de "extravagante".
É de propriedade dele um dos maiores iates particulares do mundo, de nome Octopus, com dois heliportos, um atracadouro para lanchas e um pequeno submarino, que custou cerca de 200 milhões de dólares na época. Como amante dos esportes, ele possui um time de futebol americano, o Seattle Seahawks, um de futebol, o Seattle Sounders F.C., e um de basquete, o Portland Trail Blazers.
Foi dele também o financiamento da SpaceShipOne, a primeira nave espacial construída pela iniciativa privada. Se ele investe na vida real, também o faz na ficção científica, com a fundação em 2004 do Museu da Ficção Científica, em Seattle, que possui a cadeira original do capitão Kirk (série Jornada nas Estrelas) e figurinos e artigos de filmes clássicos como Guerra nas Estrelas (Star Wars), Blade Runner - O Caçador de Andróides e Planeta dos Macacos.
O anúncio de Paul Allen acontece após o pedido de Gates e Warren Buffett no ano passado para que outros bilionários doem a maior parte das suas riquezas, seguindo o exemplo deles.