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Passaredo pede recuperação judicial

Empresa terá de apresentar aos credores um plano de recuperação em até 60 dias


	Avião decolando: antes de entrar com pedido de recuperação judicial, a Passaredo já vinha enxugando sua operação
 (Getty Images)

Avião decolando: antes de entrar com pedido de recuperação judicial, a Passaredo já vinha enxugando sua operação (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 20 de outubro de 2012 às 09h11.

São Paulo - A companhia aérea regional Passaredo entrou ontem com um pedido de recuperação judicial na 8.ª Vara Cível de Ribeirão Preto (SP). Com uma dívida estimada em R$ 100 milhões, a empresa teve problemas de liquidez e precisará reestruturar sua operação. A companhia informou que os voos estão mantidos e os passageiros não serão afetados. A Passaredo é a quinta maior companhia aérea do País, atrás de TAM, Gol/WebJet, Azul/Trip e Avianca, mas responde por apenas 0,54% dos voos domésticos brasileiros, segundo dados de agosto da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Com sede em Ribeirão Preto, a empresa está no mercado desde 1995 e atualmente voa para 21 destinos.

Antes de entrar com pedido de recuperação judicial, a Passaredo já vinha enxugando sua operação. A companhia começou a devolver seus jatos Embraer 145, de 50 lugares, em junho. Com isso, sua frota operacional, que era de 11 aeronaves, foi reduzida para os atuais quatro turboélices ATR, com 70 assentos.

A empresa terá de apresentar aos credores um plano de recuperação em até 60 dias. "Não se trata de uma pré-falência ou da procura de uma alternativa de venda. O propósito é reorganizar o caixa da empresa e voltar a crescer", disse o advogado Aires Vigo, que representa a Passaredo.

Até hoje, nenhuma empresa aérea que entrou em recuperação judicial conseguiu se reerguer. Desde que a lei entrou em vigor, em fevereiro de 2005, três empresas entraram com pedidos de recuperação judicial - Varig, Pantanal e VarigLog. A Varig foi vendida à Gol, a Pantanal à TAM e a VarigLog foi à falência. "No caso da recuperação judicial, um dos principais caminhos para tirar a empresa da crise é a venda", disse o consultor em reestruturação de empresas Luis Paiva, da Corporate Consulting.

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