United: o CEO da United, Oscar Munoz, emitiu nesta quarta-feira um pedido de desculpas a Dao (Divulgação/Divulgação)
Reuters
Publicado em 12 de abril de 2017 às 21h10.
Última atualização em 13 de abril de 2017 às 19h04.
Nova York — Advogados do passageiro arrastado de um voo da United Airlines em Chicago apresentaram a um tribunal de Illinois nesta quarta-feira um pedido emergencial para que a companhia preserve gravações em vídeo e outras evidências relacionadas ao incidente.
Citando o risco de "prejuízos sérios" ao cliente, o médico David Dao, os advogados querem que a United e a cidade de Chicago, que administra o Aeroporto Internacional O'Hare, preservem vídeos das câmeras de segurança, gravações de voz da cabine, listas de passageiros e tripulação, e outros materiais relacionados ao voo 3411 da United.
O Departamento de Aviação de Chicago disse na quarta-feira que dois outros agentes foram licenciados em conexão com o incidente de 9 de abril, durante o qual os agentes de segurança arrastaram Dao de seu assento do avião da United com destino a Louisville, Kentucky. Um outro agente tinha sido licenciado na terça-feira.
Paul Callan, advogado de processo civil e criminal em Nova York, disse que o protesto público em relação ao tratamento concedido a Dao provavelmente vai levar a companhia aérea a um acordo rápido e generoso.
O CEO da United, Oscar Munoz, emitiu nesta quarta-feira um pedido de desculpas a Dao e disse que a companhia não irá mais usar agentes da lei para remover passageiros de voos lotados, após críticas globais serem feitas pela maneira que Dao foi tratado pela companhia aérea e pela equipe de segurança do aeroporto.
O incidente na noite de domingo causou revolta ao redor do mundo, à medida que vídeos gravados por passageiros mostravam funcionários da segurança do aeroporto retirando a força David Dao do avião.
Grande parte das críticas foram feitas porque Dao, um passageiro pagante, foi removido para dar espaço a membros adicionais da tripulação em um voo lotado.
Duas petições online pedindo a renúncia de Munoz da presidência da companhia reuniram mais de 124 mil assinaturas na tarde desta quarta-feira, mas ele disse à rede de TV ABC que não possui planos de renunciar por conta do incidente.