Aciaria da CSN no RJ: aço no Brasil está entre 8% e 15% mais caro que no exterior (Bia Parreiras/EXAME)
Da Redação
Publicado em 27 de julho de 2011 às 21h24.
São Paulo - A Companhia Siderúrgica Nacional anunciou na noite de quarta-feira que voltou a elevar sua participação na Usiminas, passando a deter 10,84 por cento das ações ordinárias e 10,20 por cento das ações preferenciais da rival.
No final de abril, a participação da CSN na Usiminas correspondia a 10,01 por cento das ações ordinárias e a 5,25 por cento das ações preferenciais.
Representantes da CSN não estavam disponíveis para comentar o assunto. Em comunicado ao mercado, a empresa não informou quanto desembolsou na compra dos papéis, que nos últimos meses acumulam forte desvalorização.
No breve comunicado, a CSN afirmou que segue "avaliando alternativas estratégicas" sobre o investimento na Usiminas.
A CSN anunciou pela primeira vez compra de ações da maior produtora de aços planos do Brasil no fim de janeiro e desde então vem elevando sua participação na rival. Na época, a empresa afirmou que não tinha objetivo de adquirir fatias acima de 10 por cento de cada uma das classes de ações da Usiminas.
O controle da Usiminas é dividido entre os grupos Nippon Steel, Camargo Corrêa, Votorantim e Caixa dos Empregados da empresa.
No início deste mês, o presidente da Usiminas, Wilson Brumer, afirmou que o aumento da participação da CSN na empresa causava "desconforto", mas que a chance da empresa comandada por Benjamin Steinbruch conseguir participar do controle da empresa mineira era pequena.
Na ocasião, o executivo lembrou que os atuais principais acionistas da Usiminas acertaram no início do ano acordo para travar o grupo de controle da siderúrgica até 2031.
Pela Lei das Sociedades Anônimas, para ter direito a um assento no conselho de administração de uma empresa é necessário cerca de 15 por cento das ações ordinárias e 10 por cento das preferenciais.