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Parkia é brasileira, diz Fibria sobre venda de terreno

A Fibria anunciou a venda de 210 mil hectares para a Parkia, subsidiária de uma joint venture controlada por investidores brasileiros, por R$ 1,65 bilhão


	Fibria: segundo a empresa, o negócio cumpre com a legislação brasileira, que não permite que estrangeiros comprem terras brasileiras
 (Ricardo Teles/Fibria)

Fibria: segundo a empresa, o negócio cumpre com a legislação brasileira, que não permite que estrangeiros comprem terras brasileiras (Ricardo Teles/Fibria)

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Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2013 às 12h45.

São Paulo - A Parkia é uma empresa brasileira, subsidiária de uma joint venture controlada por investidores brasileiros, explicou, nesta segunda-feira, 18, a diretoria da companhia.

Na noite do domingo, 17, a Fibria anunciou a venda de 210 mil hectares para a Parkia Participações, por R$ 1,65 bilhão, sendo que R$ 1,4 bilhão será à vista.

Segundo a empresa, o negócio cumpre com a legislação brasileira, que não permite que estrangeiros comprem terras brasileiras.

"É importante dizer que é controlado por brasileiros e tem a maioria de seu capital de brasileiros, o que significa que atendemos completamente a legislação brasileira em vigor", disse o diretor de Estratégia e Novas Negócios da Fibria, Vinícius Nonino, que destacou que a companhia não tem nenhuma obrigação de recompra das áreas ao final do contrato.

"Temos opções de recomprar áreas ao longo do tempo de acordo com ofertas que a gente pode fazer", explicou.

Sobre a Parkia a Fibria destacou que essa empresa conta também com recursos de investidores qualificados por meio de um Fundo de Investimentos em Participações (FIP). Nessa FIP, explicou a companhia, existe a participação de fundos de pensão estrangeiros. A Fibria afirmou que a Parkia está aberta para passar os detalhes de sua formação ao mercado.


O contrato fechado entre as partes prevê ainda que a madeira produzida possa ser comprada ou vendida por ambas as partes. Do total da madeira produzida, 60% pertencem ao gestor florestal, no caso a Fibria e 40%, ao parceiro.

O contrato de parceria florestal tem prazo de 24 anos para desenvolvimento conjunto de formação de florestas de eucalipto nas áreas transacionadas.

Segundo a Fibria, os 210 mil hectares vendidos correspondem a 24% das terras sob gestão da empresa, considerando os contratos de arrendamento e de áreas próprias. Considerando apenas as áreas próprias esse porcentual sobe para 32%.

O presidente da Fibria, Marcelo Castelli, disse que a companhia quer gerenciar 100% das suas florestas e que o negócio não inclui as "florestas sobre a terra".

Ainda de acordo com o executivo, o objetivo da Fibria a longo prazo é ter 50% das terras que gerencia próprias e os outros 50% nas mãos de terceiros (mas que a empresa também gerencie).

Em relação ao custo de produção e capex, o executivo disse que não haverá nenhuma alteração com o negócio anunciado na noite de ontem. De acordo com a Fibria, isso não vai piorar sua estrutura de custos, porque a aquisição da madeira já está alocada nos investimentos programados.

Na apresentação da teleconferência, a Fibria destacou ainda que a parceria transforma o encargo sobre a terra em despesa dedutível e que a utilização dos prejuízos fiscais zeram o pagamento de Imposto de Renda (IR) sobre o ganho de capital.

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