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Parente diz que alta do dólar é positiva para Petrobras

Com as denúncias contra o presidente Temer, o dólar fechou o dia com ganhos de mais de 8% ante o real, os maiores em 14 anos

Petrobras: "O que realmente nos importa é o impacto do dólar sobre a totalidade das contas da companhia", disse Parente (Tânia Rêgo/Agência Brasil/Reuters)

Petrobras: "O que realmente nos importa é o impacto do dólar sobre a totalidade das contas da companhia", disse Parente (Tânia Rêgo/Agência Brasil/Reuters)

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Reuters

Publicado em 18 de maio de 2017 às 19h18.

Uma alta do dólar é, de forma geral, positiva para a Petrobras , afirmou nesta quinta-feira o presidente da estatal, Pedro Parente, ao comentar a disparada da moeda norte-americana, na esteira das denúncias de corrupção contra o presidente Michel Temer.

"O que realmente nos importa é o impacto do dólar sobre a totalidade das contas da companhia. Uma depreciação do real tem um valor no consolidado, no conjunto de tudo, um impacto positivo pra empresa", declarou Parente, ao ser questionado por jornalistas, após evento em Nova York.

"Em função da combinação das receitas, que são em dólar, das despesas que você tem uma parte em dólar e uma parte em reais, e da dívida, que a maior parte é em dólar... Quando você faz essa resultante, essa resultante é positiva para a empresa", comentou.

O dólar fechou com ganhos de mais de 8 por cento ante o real, os maiores em 14 anos.

Ele foi questionado ainda sobre a crise política gerada pelas denúncias contra o presidente, mas preferiu ressaltar que a empresa "vai continuar trabalhando", reiterando que a companhia seguirá buscando as metas de seu planejamento estratégico, que visa reduzir a enorme dívida por meio de desinvestimentos e cortes de custos, entre outras diretrizes.

Parente foi questionado ainda se ficaria na empresa, no caso de Temer deixar a Presidência. Ele disse que pretende cumprir seu mandato de dois anos, até abril de 2019.

"Eu estou plenamente disposto a cumprir essa situação institucional."

Disse ainda que, na hipótese da saída do presidente, se a empresa continuar funcionando como uma companhia que toma decisões de acordo com a racionalidade econômica, "se isso acontecer, não há nenhuma razão para eu sair da empresa".

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