Comprimidos: O número de registros de genéricos no Brasil passou de 763, em 2003, para 1.904, em 2010, segundo o Ministério da Saúde (Reprodução/Reprodução)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h38.
São Paulo - Entre 2009 e 2010, o Ministério da Saúde firmou 18 parcerias público-privadas para fazer alguns laboratórios públicos começarem a funcionar. Os acordos propõem transferência de tecnologia de empresas privadas para eles, que aos poucos vão começar a fabricar medicamentos. A proposta do Ministério é que eles cheguem a fabricar 23 produtos.
Isso vai significar uma economia de 170 milhões de reais por ano, estima o Ministério da Saúde. “Estamos investindo no complexo industrial brasileiro, para fortalecer a produção de equipamentos e medicamentos aqui”, afirma o ministro da Saúde, José Gomes Temporão.
A quantidade de novos lançamentos no mercado de remédios vem diminuindo nos últimos 20 anos, segundo o ministro. “Isso cria espaço para os genéricos crescerem”, afirma. O número de registros de genéricos no Brasil passou de 763, em 2003, para 1.904, em 2010, segundo os dados mais recentes do Ministério.
Nos últimos sete anos, a participação dos medicamentos genéricos no Brasil passou de cerca de 5% para aproximadamente 20%, diz Temporão. Em março de 2010, os genéricos eram 19,2%, segundo dados da consultoria IMS Health, citados pelo Ministério da Saúde.
Planos de Saúde
A Agência Nacional de Saúde (ANS) estuda estabelecer que o reajuste dos planos de saúde seja proporcional ao serviço prestado pela operadora. Isso é apenas uma idéia, segundo o ministro. “Está sendo discutido, não há modelo, não há decisão. Não houve nenhuma conversa formal comigo”, afirmou. Temporão participou, nesta quinta-feira (10/6), de fórum sobre sustentabilidade promovido pela Unilever em parceria com o grupo EXAME.