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Parceria com E.ON é casamento perfeito, diz Eike

Joint-venture entre MPX e empresa alemã visa criar a maior companhia privada de energia do Brasil

Eike Batista na Bovespa (Fernando Cavalcanti/EXAME)

Eike Batista na Bovespa (Fernando Cavalcanti/EXAME)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 11 de janeiro de 2012 às 16h34.

São Paulo - A joint-venture criada entre a MPX, empresa do setor de energia de Eike Batista, e a alemã E.On ainda não tem nome, nem mesmo um cronograma definitivo de investimentos para os próximos anos, mas é o casamento perfeito na avaliação do empresário mais rico do Brasil e dá origem a maior empresa do setor de energia do país.

"Namoramos praticamente todas as empresas desse setor para formar essa parceria, mas casamos com a 'noiva' certa", afirmou Eike, em teleconferência com a imprensa, nesta quarta-feira. "Há uma compatibilidade incrível e a E.On tem muita expertise no setor de energia", disse.

A mesma opinião é compartilhada por Johannes Teyssen, presidente da E.ON. "É uma parceria de alma gêmea que aconteceu no Brasil", afirmou o executivo, na mesma teleconferência.

A estimativa é que a nova companhia tenha capacidade de geração de energia total de 20 gigas watts. "Para alcançarmos esse objetivo, teremos um custo aproximado de 2 bilhões de reais", afirmou Eike.

A parceria será o único veículo de investimento para novos projetos de energia de ambas as companhias no Brasil e no Chile e será responsável pelo desenvolvimento, execução e operação de empreendimentos de energia térmica e renovável nesses países, além de todas as atividades de suprimento e comercialização.

A MPX planeja levantar 1 bilhão de reais por meio de aumento de capital em que a E.ON vai participar no final com cerca de 850 milhões de reais, segundo comunicado divulgado ao mercado, hoje. A companhia alemã assumirá participação de 10% na empresa do braço de energia do grupo EBX.

Projetos

Segundo Eduardo Karrer, diretor-presidente da MPX, a joint venture visa criar também inúmeras oportunidades de projetos para o setor de energia, que ainda estão sendo estudados pelas companhias.

"Vamos focar no mercado livre e regular e teremos muitas chances em diversos setores" , afirmou  Karrer.

Já com relação ao retorno dos investimentos, o executivo afirma que tudo vai depender da finalização do contrato firmado entre as duas companhias, que deve ser encerrado ainda no segundo trimestre deste ano. 

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