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Paramos de vender celular no Brasil por estratégia, diz Sony

Segundo o presidente da Sony Brasil, a empresa também vai reduzir sua atuação no mercado de celulares a nível global

Sony: empresa está há 50 anos no Brasil e tem plano de expandir sua operação com vários tipos de produtos (Toru Hanai/Reuters)

Sony: empresa está há 50 anos no Brasil e tem plano de expandir sua operação com vários tipos de produtos (Toru Hanai/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de junho de 2019 às 16h43.

São Paulo - O presidente da Sony Brasil, Kenichiro Hibi, confirmou nesta quarta-feira (19), em entrevista ao 'Estado', que a Sony está parando de vender smartphones no Brasil - os celulares que ainda estão nas lojas são final de estoque.

Segundo o executivo, agora o foco da empresa no País será principalmente na área de televisão e música, com produtos como fones de ouvido. Os rumores que a Sony havia encerrado as operações de celulares no Brasil existem desde março, e a informação foi confirmada pela empresa internacionalmente em abril. É a primeira vez que um executivo da filial local comenta o tema.

"Paramos o nosso negócio de celular no Brasil por um tempo como parte de nossa estratégia. Aqui no País existem marcas muito grandes, a maior parte de venda de aparelhos é de categoria econômica, e nosso foco é em linhas premium", disse Hibi.

Segundo o presidente da Sony Brasil, a empresa também vai reduzir sua atuação no mercado de celulares a nível global: somente o Japão e uma parte da Europa continuarão recebendo grandes quantidades de smartphones da Sony.

Hibi afirma que a empresa pretende voltar a expandir seus negócios de smartphones, mas ainda não há um planejamento específico nesse sentido. "Vai depender da situação e se tiver crescimento do mercado premium", afirma.

A Sony está há quase 50 anos no Brasil e tem plano de expandir sua operação no País com vários tipos de produtos. Nesta quarta-feira, 19, a empresa anunciou uma nova linha de fones de ouvido, com três modelos, com tecnologias como isolamento de ruído. "A cultura brasileira do áudio é muito forte, e o tipo de consumo de música está mudando", diz Hibi, "as pessoas saem de casa e levam a música com elas, o uso é diário assim como o smartphone".

No evento do lançamento dos produtos em São Paulo, a Sony apresentou uma pesquisa que mostra um crescimento de 42% do mercado de fones de ouvido de 2018 em relação a 2017. As televisões também são uma aposta da Sony para o País - a estratégia da empresa é produzir aparelhos premium, com telas grandes.

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