Mineração: com o teto de 4% para as alíquotas sobre a mineração, a estimativa é que de que os impostos pagos pelo setor no país aumentem de R$ 1,7 bilhão para R$ 4,2 bilhões (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 18 de junho de 2013 às 13h24.
Brasília - O presidente da Vale, Murillo Ferreira, avaliou nesta terça-feira, 18, que a proposta de um novo marco legal da mineração apresentada pela presidente Dilma Rousseff foi um grande passo para destravar a indústria da mineração no País, mas não cravou o aumento dos investimentos por parte da companhia.
Segundo ele, se dá muita ênfase ao aspecto fiscal da nova legislação, mas o que realmente preocupa os executivos do setor é a competitividade.
"Não podemos dizer que estamos comemorando o aumento das alíquotas da CFEM (Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais), mas espero que isso venha com simplificação do acesso e rapidez nos processos. Qualquer legislação que traga simplicidade é muito bem-vinda", disse Ferreira.
De acordo com ele, com o teto de 4% para as alíquotas sobre a mineração, a estimativa é que de que os impostos pagos pelo setor no País aumentem de R$ 1,7 bilhão para R$ 4,2 bilhões.
"Enquanto isso, há uma grande redução dos preços dos minérios em todo o mundo. Quereremos ter uma contrapartida, que é gastarmos menos tempo com burocracia", disse.
Segundo o executivo, o setor minerário no Brasil não pode continuar com o volume de investimentos atual. Ferreira, no entanto, não disse se a própria Vale aumentará o montante investido.
"Não posso dizer que vamos aumentar os investimentos. Já aumentamos. Estamos com preços inferiores aos de 2011. A Vale é uma empresa prudente", afirmou.