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Para o Iguatemi, o pior passou, mas o futuro segue um desafio

Com gradativa melhora da economia e aquecimento das vendas do varejo, grupo de shoppings deve ter melhorar nos resultados. Desafios de longo prazo continuam

SHOPPING IGUATEMI, EM SÃO PAULO: o grupo de shopping centers anunciou no ano passado o projeto Iguatemi 365, que consiste em uma plataforma de venda de produtos na internet / Fernando Moraes/ Veja SP (Fernando Moraes/Veja SP/Reprodução)

SHOPPING IGUATEMI, EM SÃO PAULO: o grupo de shopping centers anunciou no ano passado o projeto Iguatemi 365, que consiste em uma plataforma de venda de produtos na internet / Fernando Moraes/ Veja SP (Fernando Moraes/Veja SP/Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2019 às 06h37.

Última atualização em 26 de fevereiro de 2019 às 06h47.

O grupo de shoppings Iguatemi divulga após o fechamento do mercado hoje resultados referentes ao quarto trimestre de 2018, em mais uma oportunidade para mapear como anda a recuperação do consumo doméstico. O balanço deve mostrar que a taxa básica de juros brasileira no menor nível histórico está beneficiando o mais antigo grupo de shopping centers do país de duas maneiras: ao favorecer o consumo e ao diminuir o peso das suas dívidas.

O Banco Safra estima uma alta de 2,4% nas receitas do Iguatemi no período entre outubro e dezembro de 2018 ante igual intervalo de 2017, para 190 milhões de reais. O lucro deve ter subido 15% na mesma comparação, para 74 milhões de reais. As despesas com o pagamento de obrigações relacionadas à dívida de 2,17 bilhões de reais do grupo devem ter caído 28% durante o ano de 2018 ante 2017, para um total de 167 milhões de reais.

Com a gradativa melhora da economia e o aquecimento das vendas do varejo, o Iguatemi, dono de alguns dos centros de compras mais luxuosos do Brasil, está reduzindo os descontos nos alugueis cobrados dos lojistas, o que também está ajudando a aumentar seus lucros, em uma tendência que deve se estender ao longo de 2019.

Boa parte dessa melhora já está incorporada ao preço das ações do grupo, na avaliação do Credit Suisse, mas ainda há espaço para avanço. O papel do Iguatemi terminou a segunda-feira negociado a 36,10 reais, e o banco de investimentos suíço vê espaço para que chegue até 46,50 reais. “Daqui para a frente, avanços adicionais no desempenho do Iguatemi devem vir de novos projetos como o shopping center a ser construído junto com um hospital da Cruz Vermelha na zona sul da capital paulista ou negócios com terrenos”, os analistas do Credit Suisse Luis Stacchini, João Dutra e Vanessa Quiroga escreveram em relatório a clientes na semana passada.

Para acompanhar as recentes mudanças no varejo e no comportamento do consumidor, o grupo de shopping centers anunciou no ano passado o projeto Iguatemi 365, que consiste em uma plataforma de venda de produtos na internet. Entretanto, por ora, essa ideia só está sendo contabilizada pelos analistas do mercado financeiro como despesa, já que consome investimentos em tecnologia e desenvolvimento. São iniciativas inovadoras como esta que devem fazer a diferença para o Iguatemi no longo prazo, tanto para os investidores, quanto para os clientes.

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