Negócios

Para investidores, Victoria's Secret precisa de mais mulheres

Essa é uma mensagem difícil de ser transmitida quando a maior parte dos gerentes são do sexo masculino

A Victoria’s Secret tenta se reconectar com clientes que se voltam cada vez mais para rivais (Victoria´s Secret/Divulgação)

A Victoria’s Secret tenta se reconectar com clientes que se voltam cada vez mais para rivais (Victoria´s Secret/Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2019 às 06h00.

Última atualização em 11 de setembro de 2019 às 06h00.

A Victoria’s Secret, fundada com a ideia de que os homens deveriam se sentir mais confortáveis ao comprar roupas íntimas para as mulheres, tenta se reformular como uma marca realmente pensada para o público feminino. Mas essa é uma mensagem difícil de ser transmitida quando a maior parte dos gerentes são do sexo masculino.

"Existe uma grande crença na empresa de que precisamos evoluir", disse o CEO da Victoria’s Secret Lingerie, John Mehas, durante a sessão de perguntas e respostas no dia anual do investidor em Columbus, Ohio. "Precisamos ser liderados por ela e para ela."

A L Brands, que controla a marca, apresentou na terça-feira um plano - ainda que vago - para transformar a Victoria’s Secret: com uma estratégia mais inclusiva, uma nova experiência nas lojas e uma reformulação do marketing ainda em desenvolvimento que não afastará os principais clientes.

Os acionistas não perderam a oportunidade de destacar a ironia à Bloomberg News durante um intervalo. Dos 11 palestrantes durante o evento da L Brands, excluindo uma introdução de Amie Preston, de relações com investidores, apenas três eram mulheres. E apenas uma fez uma apresentação: Amy Hauk, CEO da linha Pink da Victoria’s Secret.

Um investidor, que pediu para não ser identificado, disse à margem do evento que ele e seus colegas estavam em Ohio tentando saber se a liderança atual pode promover a renovação da marca, especialmente porque a gerência é predominantemente masculina. Ele classificou a falta de mulheres nas apresentações de "impressionante".

A Victoria’s Secret tenta se reconectar com clientes que se voltam cada vez mais para rivais que empoderam mulheres e diversos tipos de corpo, como Aerie e ThirdLove, em vez da estética tradicionalmente sexy e magra da Victoria’s Secret. Isso atingiu as vendas comparáveis, uma medida importante do varejo, que caíram por cinco trimestres seguidos na rede de roupas íntimas.

Acompanhe tudo sobre:BloombergIndústria de roupasVictoria's Secret

Mais de Negócios

Até mês passado, iFood tinha 800 restaurantes vendendo morango do amor. Hoje, são 10 mil

Como vai ser maior arena de shows do Brasil em Porto Alegre; veja imagens

O CEO que passeia com os cachorros, faz seu próprio café e fundou rede de US$ 36 bilhões

Lembra dele? O que aconteceu com o Mirabel, o biscoito clássico dos lanches escolares