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Para Embraer, 35% dos funcionários pararam hoje

Foi a primeira vez em vários anos que os funcionários da Embraer entraram em greve

Os metalúrgicos reivindicam ainda reajuste salarial de 17,45% (Divulgação)

Os metalúrgicos reivindicam ainda reajuste salarial de 17,45% (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2011 às 18h16.

São Paulo - Os funcionários Embraer paralisaram hoje parcialmente as operações da fábrica, segundo comunicado divulgado pela própria empresa. "Houve uma paralisação parcial de suas atividades produtivas, como resultado de deflagração de uma greve de 24 horas, envolvendo cerca de 35% dos trabalhadores do primeiro turno (700 de 2.100 empregados da linha de produção). Movimento similar está sendo esperado para a entrada do segundo turno", diz a nota.

Os demais funcionários, segundo a companhia, trabalharam normalmente. Foi a primeira vez em vários anos que os funcionários da Embraer entraram em greve. De acordo com a empresa, a paralisação parcial não comprometeu o programa de produção.

"A empresa considera que a paralisação seja um ato extemporâneo, desde que não se encontra em período de data-base. Além disto, até hoje ainda não foi entregue à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), representante legal da Embraer nas negociações coletivas de trabalho, as reivindicações do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região (Sindmetal).

A Convenção Coletiva vigente, que estabelece novembro como data-base, foi assinada em 2010, em comum acordo entre a Fiesp, representante da Embraer, e o Sindmetal, e tem validade de dois anos", diz o comunicado. Umas das reivindicações dos trabalhadores é que as negociações passem a ser feitas diretamente entre o Sindicato e a Embraer.

Os metalúrgicos reivindicam ainda reajuste salarial de 17,45%, sendo 9,75 pontos porcentuais de aumento real, direito a eleição de Delegados Sindicais e melhores condições de saúde e segurança para os trabalhadores. Entre as principais reivindicações também está a redução da jornada para 40 horas semanais. Os trabalhadores querem também antecipar a data-base de novembro para setembro.

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