Negócios

Para CESP, redução de vazão no Jaguari não foi irregular

Companhia atendeu solicitação do Departamento de Águas e Energia Elétrica e não provocou prejuízo de abastecimento à região do Vale do Paraíba, disse diretor


	Hidrelétrica de Jaguari: hoje, explica executivo, vazão do Jaguari está em 42 m3/s
 (Roosevelt Cassio/Reuters)

Hidrelétrica de Jaguari: hoje, explica executivo, vazão do Jaguari está em 42 m3/s (Roosevelt Cassio/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2014 às 15h34.

São Paulo - A diretoria da CESP afirmou nesta quarta-feira, 20, que não cometeu qualquer irregularidade ao reduzir a vazão da usina do Rio Jaguari.

De acordo com o diretor Financeiro da CESP, Almir Martins, atualmente também no cargo de presidente interino, a companhia atendeu uma solicitação do Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee) e não provocou qualquer prejuízo de abastecimento à região do Vale do Paraíba.

"Recebemos um ofício do Daee no dia 1º de agosto determinando a manutenção da vazão do Jaguari em 10 metros cúbicos por segundo (m3/s). No mesmo dia demos ciência ao Operador Nacional do Sistema (ONS) requerendo que o operador implementasse aquilo que foi determinado pelo Daee. No primeiro momento, o operador não aceitou esta posição e na terça-feira (5/8) recebemos um segundo ofício dizendo que o abastecimento humano estava comprometido na região do Jaguari. Então, em cumprimento da lei, implantamos a determinação do Daee e notificamos o operador no mesmo dia", sintetizou Martins.

A decisão provocou "certo desconforto" entre a CESP e o ONS, confirma o executivo, mas o tema, na visão da estatal paulista, já está resolvido desde a segunda-feira, dia 18.

Na oportunidade, representantes de diferentes órgãos do governo federal e do governo de São Paulo chegaram a um consenso sobre o tema.

Conforme noticiado pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, naquele dia, ficou acordado que a vazão do Rio Jaguari subiria de 10 m3/s para 43 m3/s.

A vazão do Rio Paraibuna, sob gestão federal, cairia de 80 m3/s para 47 m3/s.

Além disso, ficou estabelecido que o volume de água que chegará à barragem de Santa Cecília, no Rio de Janeiro, será reduzido de 165 m3/s para 160 m3/s a partir de 10 de setembro.

Hoje, explica o executivo, a vazão do Jaguari está em 42 m3/s. Já a vazão do Paraibuna está em 49 m3/s, totalizando assim um montante de 91 m3/s.

"Por conveniência elétrica, volume de água necessária para gerar energia elétrica", disse. "E agora vamos ter um acompanhamento mais equilibrado em relação aos dois reservatórios", complementou.

Questionado se a CESP sofreu qualquer tipo de penalidade por contrariar a determinação do ONS em relação ao nível de vazão do Jaguari, Martins afirmou que a estatal paulista não sofreu qualquer punição.

Acompanhe tudo sobre:ÁguaCESPEmpresasEmpresas estataisEnergia elétricaEstatais brasileirasIrregularidadesServiços

Mais de Negócios

Ford aposta em talentos para impulsionar inovação no Brasil

Fortuna de Elon Musk bate recorde após rali da Tesla

Prêmio Sebrae Mulher de Negócios 2024: conheça as vencedoras

Pinduoduo registra crescimento sólido em receita e lucro, mas ações caem