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Para Airbus, subsídios para Boeing foram mais prejudiciais

Empresa européia disse que decisão do OMC mostra que os subsídios recebidos pela rival americana são mais prejuudiciais que os que recebidos pela própria Airbus

Airbus e Boeing reclamam dos subsídios que a outra recebe (Eric Cabanis/AFP)

Airbus e Boeing reclamam dos subsídios que a outra recebe (Eric Cabanis/AFP)

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Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2011 às 16h04.

Paris - A fabricante europeia Airbus considerou nesta segunda-feira que as ajudas públicas recebidas pela americana Boeing das autoridades de seu país causaram uma distorção do mercado mais grave que a causada pelos empréstimos recebidos por ela mesma junto aos países comunitários.

Em uma primeira reação ao relatório da Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre o impacto negativo para a concorrência das ajudas americanas à Boeing, a Airbus se parabenizou em comunicado por conclusões que, em sua opinião, lhe dão razão, mas reiterou sua disposição a "negociações futuras equilibradas e produtivas".

"Este conflito junto a OMC continuará durante anos e sua resolução não será possível mais que mediante a negociação", declarou o responsável de comunicação da Airbus, Rainer Ohler, que destacou que a Boeing já não pode seguir negando ter recebido "subvenções públicas importantes e ilegais" como vem fazendo.

A atual sentença é consequência da denúncia apresentada pela União Europeia em 2007 junto à OMC, na qual era dito que os subsídios a Boeing totalizavam quase US$ 24 bilhões.

Paralelamente, a Organização se posicionou no final de junho do ano passado contrária a outras ajudas públicas recebidas pela Airbus por parte dos Governos europeus, resultado nesse caso de uma denúncia prévia dos Estados Unidos.

Nesta segunda, a fabricante europeia se mostrou convencida de que as conclusões da OMC ao determinar que as ajudas do Pentágono e da Nasa a Boeing são ilegais, "requeriam mudanças fundamentais nos mecanismos de subsídio americanos".

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