Negócios

Para a SAP, o céu não é o limite

Receitas de serviços em nuvem mais do que dobraram nos últimos dois anos no Brasil

 (Rawpixel/Thinkstock)

(Rawpixel/Thinkstock)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 31 de janeiro de 2018 às 13h39.

São Paulo - Os serviços em nuvem são o destaque na divulgação de resultados da SAP Brasil, empresa de software. Em 2017, a receita de serviços em nuvem cresceu dois dígitos no Brasil, diz a empresa. Já nos últimos dois anos, as receitas desta categoria dobraram.

Globalmente, a receita nos serviços em nuvem cresceu 26%, atingindo 3,77 bilhões de euros. Grande parte desse aumento vem de novos contratos, que aumentaram 31% no ano, diz a companhia.

Já as receitas totais chegaram a 23,46 bilhões de euros, alta de 6% em relação ao ano anterior. A empresa não abre os números referentes ao seu negócio no Brasil ou qual a participação da nuvem em seu faturamento.

Mesmo com a alta de dois dígitos no ano passado, o serviço em nuvem deve manter a trajetória de crescimento no Brasil, sem previsões para desacelerar. "Quando olhamos para o portfólio que temos a oferecer, ainda não vejo redução dessa jornada", afirmou Cristina Palmaka, presidente da SAP Brasil, em entrevista ao site Exame.

"Antes, a conversa era de convencimento para a adoção da tecnologia. Hoje, nossas conversas com os clientes são sobre como podemos trazer um impacto ainda maior para a empresa", relata.

A adoção desse novo sistema não só traz mais receitas para a companhia, mas muda seu modelo de vendas e de faturamento.

Os sistemas tradicionais são contratados com a aquisição da licença, mas os serviços em nuvem são pagos por meio de mensalidades menores e recorrentes.

Investimentos

Para suportar o crescimento dessa modalidade, a empresa inaugurou um data center em novembro do ano passado, dedicado a SAP Cloud Platform - o terceiro no país.

"Investimos no centro porque o Brasil é um país relevante para a empresa global e porque acreditamos que essa plataforma ainda deve crescer muito", disse a presidente.

Outro investimento foi com a equipe de vendas. Ao invés de apresentar um sistema pronto, o representante da companhia atua como consultor, diz a executiva.

Ele deve entender o problema do cliente e montar a solução adequada. "É como montar um Lego com nossas plataformas. Fazemos muitos protótipos e projetos pilotos antes de fechar o produto", afirmou ela.

Para conseguir atender bem os clientes, o consultor deve conhecer não só os produtos do portfólio da SAP, mas também o cliente, para ter a abertura de fazer sugestões, diz a executiva.

Por isso, a empresa trabalha para reduzir a saída e rotatividade dos seus funcionários, para não perder o investimento que realizou em sua equipe.

Novos clientes

Entre os novos clientes dos serviços em nuvem está a brasileira Natura. Ela adotou o sistema em nuvem para integrar todos os processos da produção dos cosméticos à logística de entrega. "Eles buscavam um parceiro de tecnologia para integrar toda a complexa cadeira de vendas, com vendas diretas, lojas e comércio eletrônico", relata Palmaka.

Outro parceiro que implementou as soluções em nuvem é o atacadista Makro, do grupo holandês SHV e que opera no Brasil, Argentina, Colômbia, Peru e Venezuela. Com o sistema da SAP, analisa hábitos de compras de seus clientes para criar campanhas de marketing mais personalizadas.

 

Acompanhe tudo sobre:Computação em nuvemempresas-de-tecnologiaResultadoSAP

Mais de Negócios

Jurada do Shark Tank, ela transformou US$ 60 mil em dívidas em um negócio que fatura US$ 100 milhões

Startup quer facilitar a compra da casa própria e mira faturar R$ 17 milhões

Startup do Recife cria “leilão reverso” para vender seguro de vida mais barato e personalizado

JD.com e Tmall superam expectativas no Double 11 com alta de vendas e recordes