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A corrida da Vivo para atender quem mudou de vida na pandemia

Parte dos clientes da Vivo se mudaram para o interior e litoral, gerando maior demanda no negócio e obrigando a empresa a superar desafios técnicos

Instalador de Vivo Fibra: função é principalmente ocupada por homens na Vivo (Vivo/Divulgação)

Instalador de Vivo Fibra: função é principalmente ocupada por homens na Vivo (Vivo/Divulgação)

Marina Filippe

Marina Filippe

Publicado em 19 de fevereiro de 2021 às 13h42.

Última atualização em 22 de fevereiro de 2021 às 09h44.

A pandemia da covid-19 fortaleceu no Brasil o consumo e o entretenimento via internet. Além disso, a tendência do home office se firmou e parte dos trabalhadores puderam realizar suas tarefas de qualquer lugar, desde que com um bom acesso à internet. Neste cenário, a Vivo viu parte dos clientes migrarem para outras cidades em busca de um home office mais confortável, quando comparado aos apartamentos menores e mais barulhentos das capitais.

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Um dos destinos mais procurados por turistas, Trancoso, no litoral Sul da Bahia, passou a contar em janeiro com a Vivo Fibra e planos de internet de até 300 Mega de velocidade. Por lá, o novo serviço atende condomínios, pousadas, hotéis, comércio e empresas locais.

"Estamos levando nossa rede de fibra para mais longe e mais lugares. De grandes capitais a municípios pequenos, incluindo regiões com alto fluxo sazonal de pessoas, como é o caso de Trancoso. Desde o início da pandemia, com diversas atividades profissionais funcionando remotamente, muitas pessoas optaram por trabalhar longe dos centros urbanos e migraram sua rotina para o litoral ou interior", diz Márcio Fabbris, vice-presidente de Marketing e Vendas da Vivo.

Atualmente a Vivo conta com cerca de 3,3 milhões de clientes  em fibra, pouco mais da metade de toda a base de banda larga da empresa. Em 2020, a companhia bateu recordes sucessivos de novos clientes que procuram por uma internet capaz de apoiar o volume de trabalho no período em que praticamente tudo estava funcionando de maneira remota. Assim, a participação da fibra já representa 55% da receita total de banda larga.

A empresa encerrou 2020 com aproximadamente 16 milhões de domicílios cobertos entre residências e empresas para 3 milhões de clientes ativos. Da cobertura, foram cerca de 5 milhões de pontos instalados ao longo do ano, em uma expansão acelerada que levou a fibra para cerca de cem cidades, contra 43 do ano anterior. Atualmente são 267 municípios com o serviço, dentre eles Cadebelo, na Paraíba, e Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco, por exemplo.

Desafios 

Para instalar uma internet fibra em determinada região não é tão simples assim, o que deixa muitas regiões de fora em uma mudança imediata. Isto porque a Vivo precisa puxar o cabo do ponto mais próximo e fazer essa ligação, depois disso é preciso fazer uma ligação do poste até a casa do cliente, sendo que há, por exemplo, condomínios e edifícios com limite de conexões pré-mapeadas.

Além disso, é necessário o investimento anterior à contratação do cliente. "Em 2018 vendíamos para 30% ou 40% das casas em condomínio no litoral e interior quando lançavamos o serviço. Agora a demanda chega a ser de 90% dos moradores e facilita a oferta", afima Fabbris. Para este ano, a companhia prevê não só a expansão em novas cidades, mas também bairros estratégicos em cidades nas quais a Vivo já atua. Isto se deve também por uma estratégia que mudou com a chegada da pandemia e passou a agregar mais serviços aos pacotes, como assinaturas da Netflix e Disney+ com desconto.

Crescimento da fibra óptica

A internet por fibra óptica cresceu 70% entre novembro de 2019 e  novembro de 2020, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). No cenário geral, já são mais de 36 milhões de usuários no país, alta de 10% no comparativo dos 12 meses.

Nessa disputa pela preferência dos usuários, as provedoras de pequeno porte (PPPs) foram as que mais se destacaram, inclusive sobre as empresas de maior porte como Vivo, Oi e Claro. Juntas, as PPPs ampliaram o acesso por fibra óptica em 73% no último ano e concentram cerca de 70% dos brasileiros que utilizam a internet via fibra óptica, tornando a expansão de grandes empresas de telecomunicação ainda mais necessária.

 

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