Negócios

Pandemia amplia pressão sobre Cielo, cujo lucro cai 69% no 1º tri

Maior empresa de pagamentos eletrônicos do país, a Cielo anunciou nesta terça-feira que seu lucro de janeiro a março somou R$ 166,8 milhões

Cielo: a líder de mercado de pagamentos enfrenta crescente desconfiança do investidor sobre o futuro, com as ações perdendo metade do valor em 2020 (Cielo/Divulgação)

Cielo: a líder de mercado de pagamentos enfrenta crescente desconfiança do investidor sobre o futuro, com as ações perdendo metade do valor em 2020 (Cielo/Divulgação)

R

Reuters

Publicado em 28 de abril de 2020 às 22h34.

As medidas de isolamento social tomadas para enfrentar a pandemia do coronavírus em meados de março ampliaram um cenário já adverso para a Cielo, cujo resultado do primeiro trimestre mostrou nova derrocada do lucro.

Maior empresa de pagamentos eletrônicos do país, a Cielo anunciou nesta terça-feira que seu lucro de janeiro a março somou 166,8 milhões de reais, queda de 69,4% em relação a igual período de 2019. Na comparação sequencial, o recuo foi de 24,6%.

O resultado operacional medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de janeiro a março somou 573,9 milhões de reais, queda de 30,7% ano a ano e de 13,3% ante o quarto trimestre de 2019.

Há cerca de uma década já enfrentando pressão nas margens, na esteira de entrada de dezenas de concorrentes no mercado de pagamentos, a companhia controlada por Bradesco e Banco do Brasil afirmou ter sido afetada pela forte queda na atividade econômica em função da pandemia.

O volume financeiro de operações pagas por meio da Cielo somou 159,8 bilhões de reais no trimestre, recuo de 16% na base sequencial, mas alta de 1,9% ano a ano. Segundo a empresa, o número refletiu a combinação de fatores sazonais, os primeiros efeitos da pandemia do coronavírus e o aumento nos descontos sobre alugueis de terminais a clientes.

"Como o desempenho operacional e financeiro da Cielo tem forte dependência do consumo nacional e consequentemente do volume de transações no mercado de cartões, a sociedade espera um impacto relevante em seus resultados de 2020, em particular a partir do 2º trimestre, a afetar as três principais linhas de receita (receita de comissão, de aluguel de terminais de pagamentos e de aquisição de recebíveis", afirmou a empresa.

A líder de mercado de pagamentos enfrenta crescente desconfiança do investidor sobre o futuro, com as ações perdendo metade do valor em 2020 (o Ibovespa caiu 30% no período).

Para lidar com o atual ambiente, a Cielo informou que seu conselho de administração da Cielo aprovou mudar a periodicidade do pagamento de dividendos e juros sobre o capital próprio de 2020, de trimestral para anual.

 

Acompanhe tudo sobre:CieloLucroCoronavírus

Mais de Negócios

Os planos desta empresa para colocar um hotel de R$ 70 milhões do Hilton em Caraguatatuba

Conheça os líderes brasileiros homenageados em noite de gala nos EUA

'Não se faz inovação sem povo', diz CEO de evento tech para 90 mil no Recife

Duralex: a marca dos pratos "inquebráveis" quebrou? Sim, mas não no Brasil; entenda