Banco Panamericano: BC encontrou inconsistências contábeis no banco em novembro de 2010 (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 23 de setembro de 2013 às 18h14.
Última atualização em 27 de julho de 2020 às 15h03.
São Paulo – O rombo do banco Panamericano pode ser ainda maior que os 2,5 bilhões de reais detectados pelo Banco Central em 2009, segundo reportagem do jornal O Estado de São Paulo, publicada hoje. O banco promete divulgar seu balanço na próxima segunda-feira. E a partir dessa data a instituição deve decidir como agir perante a “novidade”.
O Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que fez o primeiro empréstimo para o Panamericano não comenta a possibilidade de realizar um segundo aporte. Os executivos do FGC não estão concedendo entrevistas sobre o assunto. “O FGC aguardará a finalização do balanço do banco Panamericano a ser divulgado na próxima semana”, informou em comunicado Antônio Carlos Bueno de Camargo Silva, diretor executivo do FGC.
O próprio banco também não comenta, por estar em período de silêncio. A Caixa Econômica Federal, que possui 49% do capital votante da instituição financeira do grupo Silvio Santos, também vai manter-se em silêncio até a divulgação do balanço. O Grupo Silvio Santos também não quis comentar o assunto.
O Banco Central encontrou inconsistências contábeis no banco Panamericano em novembro - foi identificado um rombo de 2,5 bilhões de reais. O Panamericano trocou toda a diretoria como parte das medidas de resgate e obteve 2,5 bilhões de reais de empréstimo do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), com carência de três anos para começar a ser pago. A garantia dada para o empréstimo foram as empresas do Grupo Silvio Santos. A operação com maior possibilidade de venda são as Lojas do Baú Crediário – que vem negociando com grupos como Casas Bahia e o mexicano Grupo Elektra – segundo pessoas próximas ao Grupo. A Jequiti, de cosméticos, dificilmente seria vendida. O mercado também especula a venda do próprio banco Panamericano.