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PanAmericano já atraiu interesse de 3 ou 4 bancos, diz FGC

O Banco Bradesco e o Citigroup Inc não estão entre os que procuraram o FGC interessados no Panamericano

Banco Panamericano, fachada (Divulgação)

Banco Panamericano, fachada (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2013 às 18h02.

O Fundo Garantidor de Créditos já foi procurado por “três ou quatro bancos” interessados no Banco Panamericano SA, disse o diretor-executivo do fundo, Antonio Carlos Bueno de Camargo Silva.

“Tivemos manifestações de interesse de alguns bancos, na linha de ‘se for vender, você me procura, não vende sem falar comigo’, de três ou quatro bancos, se não foram mais”, disse Bueno, em entrevista por telefone, de São Paulo, hoje à tarde. “Não se tocou em valor, nem nada.”

Entre os bancos interessados, segundo o executivo, há tanto bancos nacionais quanto estrangeiros.

“São bancos maiores ou com outro nicho de negócio, querendo entrar no segmento do Panamericano”, disse ele.

As conversas não avançaram dessas manifestações, segundo Bueno, e nem envolveram outras empresas do Grupo Silvio Santos. O Banco Bradesco SA e o Citigroup Inc não estão entre os que procuraram o FGC, segundo o executivo. O jornal Folha de S.Paulo disse no dia 22 de janeiro que as duas instituições manifestaram interesse pelo Panamericano. Citigroup e Bradesco disseram que não comentam “rumores de mercado”, de acordo com e-mails enviados por suas assessorias de imprensa.

Em novembro, o Panamericano recebeu socorro de R$ 2,5 bilhões do FGC garantidos pelo seu controlador, o empresário e apresentador Silvio Santos, que deu como garantia as 44 empresas do grupo. A ajuda se deu via emissão privada de debêntures totalmente adquiridas pelo fundo, com prazo de dez anos e carência de três anos para início do pagamento.

O socorro ocorreu, segundo comunicado à Comissão de Valores Mobiliários, após o BC ter encontrado “inconsistências contábeis” nos balanços do Panamericano. Segundo o BC, houve dupla contabilidade na venda de carteiras a outros bancos.

A venda de qualquer ativo do Panamericano precisa ser aprovada pelo fundo garantidor, disse Bueno, do FGC. Isso, segundo ele, não impede que instituições ou empresas interessadas procurem diretamente o controlador.

“Nada impede que o empresário faça a primeira negociação dele e depois passe pelo fundo, em algum momento tem que passar”, disse ele.

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