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Pai da Nvidia, ele começou lavando pratos para pagar as contas – e hoje tem fortuna de US$ 70 bi

Imigrante nos Estados Unidos, Jensen Huang fundou um verdadeiro império da inteligência artificial e microchips, que vale mais que Google e Amazon e revolucionou o mercado de computação e tecnologia

Guilherme Santiago
Guilherme Santiago

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Publicado em 9 de setembro de 2024 às 05h00.

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Com uma fortuna de US$ 70 bilhões, Jensen Huang é um dos empresários mais ricos e influentes da atualidade. Fundador da Nvidia, ele construiu um verdadeiro império da inteligência artificial e dos microchipsavaliado em US$ 2,25 trilhões. Sua jornada, porém, começou em circunstâncias bem distantes do luxo e das cifras astronômicas associadas aos bilionários. 

Quando completou 15 anos, conseguiu seu primeiro emprego: ele lavava pratos, limpava mesas e era garçom em uma lanchonete em Portland. Anos depois, o executivo afirmou que essa foi uma excelente oportunidade.

Segundo ele, começar uma carreira dessa forma "ensina a ser humilde e a trabalhar duro". O trabalho de garçom também o ajudou com a timidez (habilidade que viria a ser bastante útil em sua carreira como CEO).

"Eu ficava horrorizado com a possibilidade de precisar falar com as pessoas", contou ao The New York Times.

Primeiros passos no mercado de tecnologia

Em 1984, com 21 anos, Huang se formou em engenharia elétrica. “Sempre gostei de computadores desde jovem, mas a Universidade do Estado do Oregon me abriu os olhos para a magia deles”, afirmou ele em um perfil no site da universidade. “Foi lá que eu realmente me apaixonei pela tecnologia.”

Segundo ele, foi um momento perfeito para se formar: no ano de sua formatura, o primeiro computador Mac foi lançado pela Apple – e deu início à era dos computadores pessoais, que transformou o mercado de tecnologia.

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Após concluir a graduação, ingressou no mestrado em engenharia elétrica na Universidade de Stanford. Enquanto isso, começou a ocupar suas primeiras posições no mercado de tecnologia – deixando para trás os balcões da lanchonete. Ele trabalhou na Advanced Micro Devices (AMD), produtora de processadores e placas de vídeo, e na LSI Logic, fabricante de produtos eletrônicos (esse foi seu último emprego antes de fundar a Nvidia).

Huang constroi um império da inteligência artificial

Foi na mesma rede de restaurantes que Huang trabalhou quando era estudante que a ideia da Nvidia nasceu. Em 1993, junto de mais dois amigos – os engenheiros elétricos Chris Malachowsky e Curtis Priem – nasceu a empresa que, inicialmente, seria apenas uma fabricante de chips para videogames.

Foi quase como uma aposta no escuro. Os três jovens empreendedores acreditavam que os computadores pessoais se tornariam a melhor ferramenta para consumo de games e multimídia. E eles estavam certos.

Quando a Nvidia foi fundada, existiam apenas 20 empresas de processadores gráficos. Em três anos, esse número subiria para 70 empresas – comprovando que era um mercado de atuação em expansão.

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A unidade de processamento gráfico (GPU) criada pela empresa revolucionou a computação na época e segue fundamental para o mercado – ela é, inclusive, utilizada em muitas aplicações da inteligência artificial.

Para ter ideia, cerca de 80% do mercado de chips de IA de ponta é controlado pela Nvidia, que acumula clientes de peso: Microsoft, Alphabet, Meta e a OpenAI estão entre os principais. Não à toa, a fortuna de Huang impressiona.

A estimativa, de acordo com números do ranking de bilionários da Forbes, coloca o bilionário na 21ª posição entre as pessoas mais ricas do mundo, com um patrimônio de quase US$ 70 bilhões.

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