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Após tombo de 16%, PagSeguro nega interesse em comprar Banco BV

A suposta negociação foi mal recebida pelo mercado, que avaliou como arriscada a operação

Ações da PagSeguro (PAGS34), Stone (STOC31) e NuBank (NUBR33 caem após decisão do Banco Central (Leandro Fonseca/Exame)

Ações da PagSeguro (PAGS34), Stone (STOC31) e NuBank (NUBR33 caem após decisão do Banco Central (Leandro Fonseca/Exame)

AO

Agência O Globo

Publicado em 8 de julho de 2021 às 14h47.

Última atualização em 8 de julho de 2021 às 16h44.

A fintech brasileira PagSeguro negou nesta quinta-feira que tenha interesse ou esteja em negociação para comprar o Banco BV, antigo Banco Votorantim. O anúncio ocorreu após uma forte queda, que chegou a 16,9%, dos papéis da fintech, negociados na bolsa de Nova York (NYSE).

As ações da PagSeguro iniciaram ok pregão na NYSE cotadas a US$ 54,84, e começaram a derreter após uma reportagem do site 'Brazil Journal' afirmar que a fintech estaria em negociações avançadas para comprar o BV por R$ 16 bilhões. A suposta negociação foi mal recebida pelo mercado, que avaliou como arriscada a operação.

As ações chegaram a ser cotadas a US$ 45,57. Em nota à imprensa, em inglês, a companhia negou a negociação.

"Embora a PagSeguro PagBank esteja sempre buscando oportunidades de investimento no mercado, a companhia não tem a intenção de adquirir o Banco BV e não há nenhum acordo assinado nesse sentido", disse a empresa.

Depois do anúncio, os papéis voltaram a subir, mas ainda apresentavam queda no pregão. Às 16h do horário de Brasília, os papéis eram vendidos a US$ 51,99, o que representa um recuo de 7,29% no dia.

A PagSeguro abriu seu capital em Nova York em 2018. A companhia é controlada pelo UOL.

A fintech brasileira registrou no primeiro trimestre deste ano receita líquida de US$ 2,07 bilhões, 30,2% a mais que no mesmo período de 2020, mas teve lucro líquido de US$ 271,3 milhões no período, 24% a menos do que nos três primeiros meses do ano passado.

O BV, atual nome do Banco Votorantim, tem como seus acionistas o próprio Grupo Votorantim, da família Ermírio de Moraes, e o Banco do Brasil. Os dois acionistas têm a mesma participação na companhia, de 50%. O banco tem forte atuação em financiamento de automóveis no país.

A instituição tinha em março uma carteira de crédito de R$ 72 bilhões, sendo a maior parte (R$ 41,4 bilhões) concentrada em seu negócio de financiamento de automóveis, sendo líder de mercado no setor de carros leves, com um quarto do mercado.

No primeiro tirmestre deste ano, o BV teve lucro líquido de R$ 357 milhões, 61,4% a mais do que no mesmo período de 2020. Procurado pela reportagem, o BV afirmou que não vai comentar sobre a possível negociação com a PagSeguro.

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