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Otimismo marca salão do automóvel de Detroit

Grandes fabricantes, Ford, GM e Chrysler voltaram ao lucro após anos de prejuízo e ameaças de falência

Melhora na economia dos Estados Unidos ajudou recuperação das fabricantes (Bill Pugliano/Getty Images)

Melhora na economia dos Estados Unidos ajudou recuperação das fabricantes (Bill Pugliano/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2012 às 20h39.

Detroit - Com público recorde de mais de 750 mil visitantes, termina hoje nos Estados Unidos o Salão Internacional do Automóvel realizado anualmente em Detroit (Michigan), cidade berço da indústria automobilística. É um dos mais importantes eventos do setor mundialmente. Aberto ao público no dia 14, o salão foi marcado pelo otimismo das três grandes fabricantes americanas - General Motors, Ford e Chrysler - que voltaram ao lucro, após anos de prejuízos e ameaças de falência.

A melhora da economia local, que ajudou o setor a crescer 10% em 2011, com vendas de 12,8 milhões de veículos, também deu o tom ao evento, que teve como vedete a exposição de significativo número de automóveis de pequeno porte e tecnologias alternativas de combustíveis, cenário oposto ao de salões anteriores, quando predominavam carrões de elevado consumo de gasolina.

A indústria promete 65 lançamentos para este ano de modelos totalmente novos e mais 80 em 2013. Analistas projetam acréscimo de mais de 1 milhão de carros às vendas de 2011. Montadoras estão reabrindo linhas de montagem desativadas e voltando a contratar, mas o movimento de recuperação é marginal.

Em 2007, no pré-crise, a indústria automobilística empregava 900 mil trabalhadores, metade deles em Detroit, lembra Rick Hanna, da consultoria PricewaterhouseCoopers (PwC) nos EUA. Naquele ano, as vendas atingiram recorde de 17 milhões de veículos. Esse número, na visão de Hanna, não será repetido ao menos nos próximos cinco anos. No processo de reestruturação, uma exigência do governo para liberar crédito ao setor, 400 mil vagas foram extintas."Os empregos perdidos na indústria automobilística não vão voltar", afirma Hanna. Além do encolhimento das empresas, com o fechamento de cerca de 15 fábricas de carros e componentes, os sistemas produtivos são mais eficientes e a produtividade é maior. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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