Negócios

OSX, de Eike, dá calote milionário em fornecedor, diz jornal

Segundo a Folha de São Paulo, estaleiro do empresário não pagou cerca de 500 milhões de reais à construtora Acciona


	Empresa de Eike Batista tem quase 2 bilhões de reais em dívidas bancárias, nos próximos 12 meses
 (Fred Prouser / Reuters)

Empresa de Eike Batista tem quase 2 bilhões de reais em dívidas bancárias, nos próximos 12 meses (Fred Prouser / Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2013 às 09h38.

São Paulo – A crise pela qual Eike Batista está passando ganhou um novo capítulo. De acordo com a Folha de São Paulo, a OSX, estaleiro do empresário, deu um calote de 500 milhões de reais na construtora Acciona, uma das principais fornecedoras da companhia. Ainda segundo o jornal, as empresas negociam os próximos passos, porém a companhia espanhola cogita a possibilidade de pedir a falência da brasileira.

A Acciona é responsável pela construção do píer da OSX no porto do Açu, em São João da Barra, no Rio de Janeiro. A Folha afirma que as obras estão quase abandonadas, mas a empresa rebateu a informação, afirmando que nada foi nem será paralisado. A respeito dos contratos com fornecedores, a empresa de Eike afirmou que não poderia comentar.

A situação atual da OSX é delicada. De acordo com o jornal, a dívida da empresa com fornecedores é de 724 milhões de reais. Os débitos bancários que vencem nos próximos 12 meses são de quase 2 bilhões de reais e os maiores credores da companhia são o Itaú BBA, BNDES, Caixa Econômica Federal e o Arab Banking Corporation. Os valores a serem pagos no curto prazo, segundo a empresa, estão “equacionados”.

Na noite deste domingo, por meio de sua assessoria de imprensa, a OSX se pronunciou sobre a notícia publicada no jornal e afirmou que a informação é falsa. Confira a seguir a nota na íntegra:

"Sobre a matéria publicada neste domingo, dia 23 de junho, pelo jornal Folha de São Paulo, a OSX esclarece que, desde a publicação de Fato Relevante em 17 de maio de 2013, vem, como anunciado, renegociando alguns acordos comerciais, de modo a adequar tais contratações ao faseamento das obras de implantação de sua Unidade de Construção Naval no Açu. Nesse sentido, a companhia já renegociou diversos desses contratos e vem honrando as obrigações assumidas, visando a continuidade do estaleiro e a adequada e leal relação com seus fornecedores e parceiros comerciais. Os investimentos no estaleiro não foram suspensos e sim readequados ao faseamento divulgado.

Nesse contexto, a notícia sobre suposto crédito não honrado junto ao fornecedor Acciona é falsa: as duas empresas vêm, a exemplo dos demais casos, negociando a apuração de obrigações de parte a parte, não existindo qualquer título, decisão ou medida que fundamente a notícia veiculada. Tais negociações são sujeitas a severas obrigações de confidencial idade, de modo que a Companhia não pode oferecer mais detalhes sobre o assunto.

A OSX aproveita para esclarecer que o seu perfil de seu endividamento é compatível com seus projetos e é substancialmente de longo prazo, a exemplo dos projetos das plataformas OSX-1, 2 e 3, cujo prazo médio de amortização encontra-se acima de 5 anos. As dívidas de curto prazo estão sendo devidamente quitadas eaquelas ligadas a projetos de longo prazo estão sendo equacionadas com prazos compatíveis.

Também em linha com o já citado anúncio feito por meio do Fato Relevante de 17 de maio, a Companhia vem sendo assessorada por consultores de primeira linha para, em prazos e condições compativeis com os atuais contextos de mercado e empresarial, assegurar a adequada continuidade de seus projetos, inclusive em respeito aos colaboradores, investidores, parceiros comerciais, e demais partes envolvidas com o empreendimento."

* Atualizada às 09h38 de 24/06/2013

Acompanhe tudo sobre:CaloteCrises em empresasDívidas empresariaisEike BatistaEmpresáriosEmpresasGás e combustíveisMMXOSXPersonalidadesPetróleo

Mais de Negócios

'E-commerce' ao vivo? Loja física aplica modelo do TikTok e fatura alto nos EUA

Catarinense mira R$ 32 milhões na Black Friday com cadeiras que aliviam suas dores

Startups no Brasil: menos glamour e mais trabalho na era da inteligência artificial

Um erro quase levou essa marca de camisetas à falência – mas agora ela deve faturar US$ 250 milhões