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Os planos da L’Occitane com sua primeira fábrica no Brasil

Unidade fabril, que começa a ser construída hoje, será responsável pela produção de 60% da demanda brasileira pelos próximos dois anos

L´Occitane: 39 novos pontos de vendas estão previstos para o país até março (Divulgação/Divulgação)

L´Occitane: 39 novos pontos de vendas estão previstos para o país até março (Divulgação/Divulgação)

Tatiana Vaz

Tatiana Vaz

Publicado em 12 de setembro de 2017 às 13h00.

Última atualização em 12 de setembro de 2017 às 14h37.

São Paulo – Nesta terça, dia 12, o grupo L’Occitane inicia as obras de sua primeira fábrica no Brasil, localizada na cidade de Itupeva, interior paulista. Com operação prevista para o primeiro trimestre de 2019, a planta terá 21.000 metros quadrados e deve empregar 240 pessoas, entre funcionários diretos e indiretos.

No Brasil com duas de suas quatro marcas, Provence e Au Brésil, a companhia de cosméticos tinha seus produtos até agora fabricados por cinco parceiros no país. Com a fábrica própria, a ideia é internalizar 60% de toda a demanda dos próximos dois anos, entre cremes de mãos, shampoos, condicionadores, linha de lavabo, sabonete líquido e óleos.

“Não teremos necessariamente uma melhoria de preço, mas de custo”, explica João Del Cura, diretor industrial do Grupo L’Occitane, em entrevista a EXAME.com. “A longo prazo vamos estudar o impacto nos preços, agora nosso foco está em reaver os investimentos feitos em tecnologia, pessoas e maquinário”.

A iniciativa, espera a companhia, ainda trará benefícios de inovação, já que comportará um centro de pesquisa e desenvolvimento de produtos, focado em estudar e criar para o Brasil.

“Temos linhas específicas para o país e a aceitação está sendo muito boa, por isso a decisão de investir mais no mercado brasileiro”, diz Del Cura.

Sétimo mercado

De fato, os negócios da francesa no Brasil são os que mais trazem retorno ao grupo, junto das subsidiárias da China e Japão.

As vendas no país saltaram 18,4% em moeda local de abril 2016 a março deste ano e o país representa 4% do faturamento total do grupo. É hoje o sétimo em importância, atrás do Japão, Estados Unidos, China, Hong Kong, França e Reino Unido.

No entanto, a participação das marcas ainda é pequena no mercado total de cosméticos e representa 5%. Um cenário que a companhia pretende mudar com o investimento.

“Temos tido crescimento em todos os canais, com destaque para os digitais, e acreditamos que o investimento no país hoje é essencial para crescermos ainda mais”, afirma o executivo.

A operação brasileira conta atualmente com 750 funcionários, espalhados pela sede em São Paulo, o centro de distribuição em Jundiaí, próximo à futura fábrica, e pelos 180 pontos de vendas pelo país – outros 30 devem ser abertos até março.

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