A produção das montadoras, em março, recuou ao menor nível desde 2006 para o período (Ciro de Luca/Reuters)
Karin Salomão
Publicado em 8 de abril de 2020 às 17h00.
Última atualização em 8 de abril de 2020 às 17h00.
O setor automotivo mal saiu de uma crise econômica para agora enfrentar a pandemia do coronavírus. Desde o início do ano, foram vendidos 450,9 mil carros novos, de acordo com levantamento feito pela Fenabrave, queda de 9,22% em relação ao primeiro trimestre do ano anterior.
O mercado automotivo, que já enfrentava o cancelamento do Salão do Automóvel por causa dos altos custos envolvidos na participação das empresas, foi atingido em cheio pela pandemia do coronavírus. A produção das montadoras, em março, recuou ao menor nível desde 2006 para o período, em meio à paralisação de mais de 60 fábricas no país.
Justamente no momento de maior transformação de sua história, em que a reinvenção é mandatória, as montadoras se veem diante da necessidade de postergar projetos e lançamentos de novos modelos no país. Sem os investimentos previstos para este ano, a receita futura das empresas deve ficar comprometida.
Segundo projeção da consultoria automotiva Bright, as vendas de veículos no segundo trimestre, no Brasil, devem recuar 53%. Para o ano, a estimativa é de uma queda de 13,9% em relação a 2019 — considerando o fim da quarentena no início de maio.
O carro mais vendido do ano continua sendo o Onix da GM. A montadora também mantém o posto da maior participação nas vendas de carros, com 19,8% do mercado, na frente da Volkswagen com 16,7% e da Fiat, com 9,4%.
Veja abaixo os principais dados sobre as vendas de carros no primeiro trimestre do ano.