Negócios

Os 4 passos da Havaianas para dobrar as vendas em 4 anos

Como a Alpargatas planeja faturar entre R$ 5 bilhões e R$ 6 bilhões em 2016

Loja da Havaianas: a Alpargatas olha agora para a outra metade do mercado (Exame)

Loja da Havaianas: a Alpargatas olha agora para a outra metade do mercado (Exame)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2012 às 17h18.

São Paulo – A Alpargatas é, atualmente, a maior fabricante de sandálias e calçados do país. Dona de marcas poderosas no Brasil, como a Havaianas e a Topper, a empresa encerrou 2011 com receita líquida de 2,6 bilhões de reais. Mas ela quer mais – na verdade, quer pelo menos o dobro disso até 2016.

É isto o que consta em um documento apresentado nesta quarta-feira à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Nele, a Alpargatas apresenta a meta de obter uma receita líquida consolidada entre 5 e 6 bilhões de reais em 2016. O número exclui eventuais fusões e aquisições. Além disso, a empresa buscará uma margem de ebitda de 20% naquele mesmo ano.

A Alpargatas traçou, em linhas gerais, quatro iniciativas para cumprir seu plano. Veja quais são:

1. Bombar as vendas da Havaianas

Principal marca da empresa, a Havaianas responde por 45% a 50% do mercado brasileiro de sandálias. Mas a Alpargatas quer avançar sobre a outra metade dos consumidores. Para isso, vai investir no lançamento de novas coleções a cada ano.

A empresa também vai reposicionar a marca, com o objetivo de fazer com que os consumidores vejam as Havaianas não como um produto “funcional”, isto é – um simples chinelo para não andar descalço. A ideia é que as pessoas vejam Havaianas como “uma marca aspiracional” – algo que elas querem ter, seja lá por quê.

Ampliar as parcerias, buscando empresas como a Disney, Warner e Missoni, também está entre as iniciativas. Por último, a empresa está construindo uma nova fábrica, a fim de ampliar a capacidade produtiva e a escala da Havaianas.

2. Expandir a marca Havaianas no exterior

A Havaianas já é exportada para 81 países. No ano passado, a marca vendeu 28,1 milhões de pares no exterior. O plano da Alpargatas é avançar sobre os Estados Unidos e a Europa. A empresa avalia que somente esses dois mercados tem um potencial de 125 milhões de pares de sandálias de tiras – o que representaria 800 milhões de euros.


Nos Estados Unidos, a Havaianas já é encontrada em 3.000 pontos de venda. Na Europa, são 6.000 lojas.

3. Fortalecer a Topper e a MIzuno na América do Sul

A Alpargatas é dona de duas marcas esportivas – a Topper e a Mizuno. E elas não ficaram de fora do esforço da empresa de dobrar de faturamento em quatro anos. Nesta área, a companhia espera transformar essas marcas em potências da América do Sul.

Segundo a Alpargatas, o Brasil já é o maior mercado para calçados esportivos da região, mas os outros países ainda estão bem atrás. Como comparação, a empresa afirma que os sul-americanos consomem menos de um par de calçado esportivo por ano. Nos Estados Unidos, essa média é de seis pares.

No caso da Topperr, a Argentina deve servir como plataforma de exportações para o resto do continente. Já no caso da Mizuno, a ideia é fortalecer a marca em modalidades esportivas como vôlei e futebol, no Brasil, e em corrida, na Argentina.

4. Expandir a rede de lojas

A Alpargatas também está investindo na criação de uma rede própria de lojas. Atualmente, a companhia conta com 312 pontos-de-venda em todo o mundo. Segundo a empresa, as lojas oferecem aos clientes “uma completa experiência com as marcas da Alpargatas”.

O Brasil ainda detém a maioria das lojas da Alpargatas: 229 da marca Havaianas e 18 da Timberland.

Além dos canais próprios de vendas, a Alpargatas também está em 250.000 lojas multimarcas no país, e 12.500 outras nos Estados Unidos, Europa e Argentina.

Acompanhe tudo sobre:AlpargatasCalçadosEmpresasHavaianasRoupasVendas

Mais de Negócios

As 15 cidades com mais bilionários no mundo — e uma delas é brasileira

A força do afroempreendedorismo

Mitsubishi Cup celebra 25 anos fazendo do rally um estilo de vida

Toyota investe R$ 160 milhões em novo centro de distribuição logístico e amplia operação