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Operários da Petrobras protestam no RJ por segurança

Os trabalhadores exigem treinamento e efetivo adequado na Refinaria Duque de Caxias (Reduc) no Rio, paralisada desde o último sábado após um incêndio


	Incêndio em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro: o incêndio na Reduc foi o quinto em menos de 40 dias em diferentes refinarias da Petrobras, expondo os limites do parque de refino
 (Tânia Rêgo/ABr)

Incêndio em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro: o incêndio na Reduc foi o quinto em menos de 40 dias em diferentes refinarias da Petrobras, expondo os limites do parque de refino (Tânia Rêgo/ABr)

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Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2014 às 11h05.

Rio - A Petrobras retoma, nesta sexta-feira, 10, à tarde, a produção na Refinaria Duque de Caxias (Reduc) no Rio, paralisada desde o último sábado, 4, quando um incêndio atingiu parte das máquinas na unidade de Coque.

Em protesto contra as condições de segurança na unidade, cerca de 200 trabalhadores fizeram um protesto na Rodovia Washington Luís, na entrada da refinaria. O protesto reuniu petroleiros, terceirizados, e sindicalistas ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT).

"Entramos ontem em negociação com a Petrobras para garantir condições de operação na unidade, como treinamento e efetivo adequado. A refinaria retoma a produção com carga mínima até estabilizar, e será supervisionada por até seis meses pelo Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes)", afirmou o presidente do SindiPetro Caxias, Simão Zanardi.

Segundo o sindicalista, o próprio centro realizou um estudo que autorizou, em agosto, o aumento da carga processada na unidade, de 5 mil metros cúbicos/dia para 6 mil metros cúbicos/dia. A alteração, segundo ele, é uma das causas para o acidente que paralisou a refinaria.

"Era um projeto teórico que foi imposto à unidade sem testes. Agora estamos em negociação com a empresa para discutir variáveis operacionais em decorrência deste aumento de carga, sentimos que há um avanço", explica Zanardi.

O incêndio na Reduc foi o quinto em menos de 40 dias em diferentes refinarias da Petrobras, expondo os limites do parque de refino em um momento de recorde de processamento e níveis de utilização do parque de refino girando em torno de 98%.

Com a paralisação da Unidade, a Petrobras deixou de gerar cerca de R$ 500 mil por dia em receitas com a produção de derivados de petróleo. Segundo o Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), as perdas podem chegar a R$ 28,9 milhões por dia, se considerada a importação dos produtos derivados para suprir a demanda.

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