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OnlyFans, E-Sports e IA: os destaques na programação do terceiro dia do Web Summit Rio

Amrapati Gan, fundadora e CEO do OnlyFans, é uma das personalidades a subir no palco principal do evento

Em sua primeira vez na América Latina, o evento recebe mais de 21 mil pessoas de 91 países (Web Summit Rio/Divulgação)

Em sua primeira vez na América Latina, o evento recebe mais de 21 mil pessoas de 91 países (Web Summit Rio/Divulgação)

Marcos Bonfim
Marcos Bonfim

Repórter de Negócios

Publicado em 3 de maio de 2023 às 06h00.

Última atualização em 3 de maio de 2023 às 09h55.

Após dois dias de programação intensa, a primeira edição do Web Summit Rio, no Rio de Janeiro, reúne mais uma série de convidados e especialistas em inovação nesta quarta-feira, 3, no Riocentro. Em sua primeira vez na América Latina, o evento recebe mais de 21 mil pessoas de 91 países.

Amrapati Gan, CEO do OnlyFans, é um dos destaques da programação logo no início do dia. A plataforma tem moldado a relação com conteúdo adulto é produzido e consumido globalmente. No painel, a executiva trata da expansão da ferramenta por novos mercados e mudança de imagem que pretende imprimir no modelo de negócio.

Outros destaques da programação são:

  • Case Kavak: como ser um empreendedor em mercados emergentes
  • AI generativa: qual o futuro depois do hype
  • O que os fundos de venture capital estão procurando agora
  • Como manter uma cultura de empreendedorismo
  • Masterclass: Oportunidades de investimentos em ciclos: como navegar no bear market
  • O que você precisa saber sobre a regulação do mercado de criptomoedas do Brasil?
  • E-Sports no Brasil: um gigante adormecido

O que rolou no segundo dia

O palco Venture concentrou uma audiência curiosa em entender as expectativas e o que os fundos e investidores procuram tanto em termos de negócios como em relação aos fundadores.

Paixão, resiliência e ambição se destacaram e ficaram as principais características mais citadas, especialmente entre os empreendedores que estão em estágios iniciais do negócio.

“Nós procuramos por fundadores com energia e que tenham conhecimento maior do que as outras pessoas em determinados assuntos, ímpeto, conectando paixão e capacidade de execução, e persistência para não desistir quando as coisas não estão indo bem”, disse Magnus Grimeland, fundador da Antler, fundo criado em Singapura em 2017 e no Brasil desde o ano passado.

O Antler tem um modelo diferente, procura por potenciais fundadores de empresas antes mesmo que eles tenham um ppt e um pitch a fazer. A empresa investe em programas de formação e seleciona as pessoas que mais se destacam para dar o impulso inicial financeiro.

Gina Gotthilf, cofundadora e COO da Latitud, adicionou mais algumas características em painel sobre o que faz com que fundadores subam de categoria e entrem no patamar global:

  • Obsessão com o problema a resolver
  • Obsessão em entender os consumidores e suas demandas
  • Métricas para checar e validar o avanço do negócios

E, para além, “uma incrível habilidade de contar história”, disse. Ela lembrou a história de Luis Von Ahn, CEO da plataforma Duolingo, empresa em que trabalhou por certo tempo. Com a capacidade de falar sobre o ensino de idiomas, Von Ahn conseguia cativar de fundos, investidores, clientes para construir umas das maiores ferramentas globais de ensino.

Inteligência artificial e a nova era tecnológica

inteligência artificial (IA) generativa, tecnologia por trás do sucesso do ChatGPT, pode também abrir uma nova fase de prosperidade para startups  e ser uma das peças fundamentais para o setor superar a crise atual.

O link entre IA e uma fase mais próspera entre empreendedores foi apontado logo cedo por Gabriel Vasquez, um dos partners do fundo de venture capital americano Andreessen Horowitz focados em investimentos na América Latina.

Renata Quintini e Eric Acher, cofundadores do fundo paulistano Monashees, foram na mesma linha.

Os dois estiveram num painel sobre Investing in LatAm que também contou com a presença de Edith Yeung, investidora nascida em Hong Kong e fundadora do fundo Race Capital, do Vale do Silício.

"Há muitos processos pouco eficientes dentro de uma startup", disse Renata. "A inteligência artificial pode mudar isso rapidamente ao analisar quantidades enormes de dados e trazer respostas em pouco tempo."

Aos poucos, a capital fluminense vai se tornando mais cada mais integrada com as novas discussões sobre o ecossisema de inovação, com eventos que saem no Riocentro e trafegam por outras vias da cidade nos chamados side events, encontros temáticos informais que acontecem espalhados pela cidade. 

"O Web Summit Lisboa ajudou a capital portuguesa a se tornar um grande pólo de empreendedorismo na Europa. Torço que consiga fazer isso com o Rio também. A contar com os grandes nomes que tive o meu prazer de encontrar ontem, vai ser um sucesso", escreveu em artigo Miguel Lannes Fernandes, CTO da Witseed, plataforma de educação corporativa hoje parte da EXAME. 

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