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ONG critica condições de trabalho em fábrica chinesa da Apple

Segundo o Labour Watch, as linhas de montagem violam os direitos dos trabalhadores com jornadas excessivas e a falta de segurança

Fábrica do MacBook Pro em Xangai, China: a organização pediu para a companhia "fazer esforços para melhorar" as condições trabalhistas de suas fornecedoras (Reprodução / Apple/Getty Images)

Fábrica do MacBook Pro em Xangai, China: a organização pediu para a companhia "fazer esforços para melhorar" as condições trabalhistas de suas fornecedoras (Reprodução / Apple/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2012 às 18h40.

Pequim - Após investigar dez fornecedores da Apple na China, o Labour Watch, um grupo reconhecido pela defesa dos direitos dos trabalhadores, assegurou nesta quinta-feira que as condições de trabalho em algumas destas fábricas são "deploráveis".

Em comunicado, o grupo, que possui sede em Nova York, acrescentou que as linhas de montagem dos produtos da companhia, situadas no sul da China, violam os direitos dos trabalhadores com jornadas excessivas e a falta de segurança.

"Esta investigação (que analisou 10 fábricas durante quatro meses) encontrou um ambiente de trabalho duro e muito prejudicial aos trabalhadores, que, por sua vez, eram submetidos a uma longa jornada de trabalho e aos baixos salários", relata o comunicado enviado à imprensa.

O relatório se baseia em relatos e entrevistas realizadas com mais de 620 trabalhadores, assim como nas observações de uma equipe de inspeção formada por seis pessoas da Labour Watch China.

Em carta dirigida ao diretor-executivo da Apple, Tim Cook, o diretor da organização na China, Li Qiang, pediu para a companhia "fazer esforços para melhorar" as condições trabalhistas de suas fornecedoras e cobrou "mudanças imediatas".

Esta pesquisa sucede à realizada pela Associação de Trabalho Justo (FLA, sigla em inglês) em março. Assim como a divulgada hoje, essa investigação anterior, que visitou três fábricas da Apple na China com o consentimento da companhia, também fez uma alerta sobre as excessivas jornadas de trabalho e outros problemas de segurança. 

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