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Olympus teria encoberto perdas de mais de 930 milhões de euros

Com essa controvérsia, a empresa ainda trabalha contra o relógio para preparar seu balanço de resultados entre abril e setembro, primeira metade do ano fiscal japonês

No caso de não cumprir o prazo, a Olympus corre o risco que a Bolsa de Tóquio a ponha 'sob supervisão' (Divulgação)

No caso de não cumprir o prazo, a Olympus corre o risco que a Bolsa de Tóquio a ponha 'sob supervisão' (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2011 às 05h07.

Tóquio - As perdas por investimentos que a empresa japonesa Olympus encobriu desde a década de 1990 poderiam superar os 930 milhões de euros, segundo fontes financeiras consultadas nesta quarta-feira pela agência local de notícias Kyodo.

A multinacional japonesa admitiu na terça-feira a existência de perdas que teria encoberto em seus resultados financeiros há décadas, o que provocou uma queda de 29% nas ações do grupo na Bolsa de Tóquio. A Olympus não detalhou a quantia perdida.

O caso foi divulgado depois que um comitê de controle criado pela própria empresa investigou acusações de supostos pagamentos irregulares efetuados pela companhia em aquisições entre 2006 e 2008.

Essas acusações foram feitas pelo ex-presidente da Olympus, Michael Woodford, destituído em meados de outubro por supostas diferenças com o resto da direção por seu modelo de gestão.

No entanto, após sua saída, Woodford denunciou que se retirou por questionar operações irregulares no pagamento de comissões relacionadas com aquisições passadas.

No meio da controvérsia, a Olympus trabalha contra o relógio para preparar seu balanço de resultados entre abril e setembro, primeira metade do ano fiscal japonês, para semana que vem.

Por lei, as empresas japonesas devem entregar seus resultados em um máximo de 45 dias depois da finalização do trimestre ou semestre fiscal, e, no caso da Olympus, o prazo termina na próxima segunda-feira.

No caso de não cumprir o prazo, a empresa corre o risco que a Bolsa de Tóquio a ponha 'sob supervisão', o que poderia representar sua exclusão do pregão, informou hoje o jornal econômico 'Nikkei'.

Além disso, se for comprovado que a Olympus emitiu relatórios falsos, o regulador da Bolsa avaliará se estes tiveram um 'efeito material' entre os investidores, o que também provocaria sua exclusão do mercado.

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