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Olympus processa presidente e mais 18 executivos por fraude contábil

Um dos processados é o atual CEO da companhia, Shuichi Takayama, por sua suposta responsabilidade na fraude

A Olympus tomou a decisão de processar os administradores, entre os quais também estão ex-diretores da empresa, após a conclusão do relatório sobre o escândalo (Yoshikazu Tsuno/AFP)

A Olympus tomou a decisão de processar os administradores, entre os quais também estão ex-diretores da empresa, após a conclusão do relatório sobre o escândalo (Yoshikazu Tsuno/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2012 às 05h43.

Tóquio - A fabricante japonesa de máquinas fotográficas Olympus apresentou nesta terça-feira um processo contra 19 altos executivos da empresa, entre eles seu atual presidente, Shuichi Takayama, por sua suposta responsabilidade em uma fraude contábil.

A companhia, que apresentou o processo no tribunal do distrito de Tóquio, solicitará uma compensação de 3,61 bilhões de ienes (US$ 46, milhões) aos 19 executivos, entre eles o ex-presidente Tsuyoshi Kikukawa, informou nesta terça-feira a agência 'Kyodo'.

A Olympus tomou a decisão de processar os administradores, entre os quais também estão ex-diretores da empresa, após a conclusão do relatório sobre a investigação realizada por advogados da companhia depois da descoberta de perdas que haviam sido encobertas.

O caso remonta a outubro do ano passado, quando a demissão do então presidente Michael Woodford, o primeiro estrangeiro a assumir este cargo, revelou um caso de perdas encobertas em investimentos no valor de 117,7 bilhões de ienes (US$ 1,6 bilhão) desde a década de 90.

Segundo as investigações e as declarações do próprio Woodford, a firma teria 'maquiado' as perdas com a aquisição de pequenas empresas e pagamentos de comissões entre 2006 e 2008.

A tendência é que os altos executivos envolvidos no caso renunciem depois que da celebração de uma junta extraordinária de acionistas em março ou abril, detalhou a agência 'Kyodo'.

É muito provável que a Olympus escolha o sucessor de Takayama, que substituiu Woodford em outubro passado, entre três membros da junta diretiva que segundo a investigação não participaram do escândalo: Masataka Suzuki, Kazuhiro Watanabe e Shinichi Nishigaki.

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