Rio de Janeiro - A Óleo e Gás Participações teve lucro líquido de 9,357 bilhões de reais no terceiro trimestre, ante prejuízo de 2,125 bilhões de reais um ano antes, com efeito contábil da extinção de dívidas após medidas no âmbito de seu processo de recuperação judicial, informou a empresa nesta terça-feira.

O lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ficou negativo em 1,858 milhão de reais entre julho e setembro, sobre um resultado negativo de 8,927 milhões um ano antes.

Segundo a Óleo e Gás, a eliminação de uma dívida de 5,7 bilhões de dólares do seu balanço viabiliza a manutenção de suas atividades e de suas subsidiárias e permite o desenvolvimento de suas operações, atualmente focadas na produção dos campos de Tubarão Martelo e Tubarão Azul.

A companhia de petróleo entrou com o maior processo de recuperação judicial da história na América Latina no Rio de Janeiro em outubro de 2013, depois que seus primeiros poços de petróleo produziram menos do que o esperado e os investidores perderam confiança na capacidade de a empresa manter os pagamentos de sua dívida e financiar novos empreendimentos em campos de petróleo.

O plano de recuperação judicial da companhia, a ex-OGX, tinha como uma das premissas convesão de dívida em ações. Isso foi feito após a abertura de capital da OGX Petróleo e Gás, e as ações foram entregues aos credores e fonrnecedores em troca da dívida.

Em 16 de outubro, a Óleo e Gás e suas subsidiárias completaram a capitalização dos créditos, um dos últimos passos críticos do plano de reestruturação da companhia e que permite ao grupo sair da recuperação judicial.

"A efetiva entrega das ações da OGX Petróleo e Gás aos credores que aderiram ao plano de recuperação judicial desobrigando e desonera por completo a OGX P&G, a OGpar e a OGX Áustria", disse a empresa em seu relatório de resultados.