Negócios

Oi vê queda do consumo de caixa nos próximos meses

CEO também declarou que a empresa iniciou há três meses negociações para a venda de seus ativos na África


	Loja da Oi: nesta quinta-feira, a Oi divulgou lucro de 671 milhões de reais no segundo trimestre
 (Pedro Zambarda/EXAME.com)

Loja da Oi: nesta quinta-feira, a Oi divulgou lucro de 671 milhões de reais no segundo trimestre (Pedro Zambarda/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de agosto de 2015 às 13h42.

Rio de Janeiro - A operadora de telecomunicações Oi espera que o consumo de caixa seja reduzido consideravelmente no segundo semestre deste ano, e a companhia deve em breve começar a gerar fluxo de caixa livre, disse nesta quinta-feira o presidente-executivo da companhia, Bayard Gontijo.

"Nosso maior desafio é o balanço patrimonial, o consumo de caixa no segundo trimestre permaneceu alto", disse Gontijo em teleconferência com analistas sobre os resultados do segundo trimestre.

"Esperamos gerar caixa no médio prazo."

De acordo com o executivo, a empresa prevê para isso dar continuidade aos esforços de renegociação de multas com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) --cujos resultados devem vir até novembro--, e à estratégia de venda de ativos como imóveis e torres de telefonia.

O executivo também declarou que a empresa iniciou há três meses negociações para a venda de seus ativos na África.

Nesta quinta-feira, a Oi divulgou lucro de 671 milhões de reais no segundo trimestre, recuperando-se de prejuízo de 217 milhões de reais no mesmo período do ano passado, ajudada pela redução de custos e despesas operacionais e com a venda das operações portuguesas.

O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado da Oi ficou em 1,899 bilhão de reais, alta de 5,4 por cento na mesma base de comparação.

A companhia reiterou sua previsão para 2015 de Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente entre 7 bilhões e 7,4 bilhões de reais e melhora no fluxo de caixa operacional entre 1,2 bilhão e 1,8 bilhão de reais para as operações brasileiras.

Apesar da redução de custos, Gontijo disse que a empresa não está sacrificando a qualidade da rede para obter economias de curto prazo. "Nossas redes fixas e móveis estão melhorando em termos relativos e absolutos", disse.

A dívida da empresa aumentou 6 por cento no trimestre, para 34,6 bilhões de reais, diante do pagamento de taxas de concessão e taxas de juros.BVSP mais altas.

Às 12h25, as ações da Oi tinham alta de 3 por cento, enquanto o Ibovespa caía 0,7 por cento no mesmo horário.

Gontijo disse que a empresa está a poucos dias de elevar sua governança corporativa com a migração para o segmento Novo Mercado da BM&FBovespa. "A nova estrutura da empresa para o Novo Mercado já foi aprovada pelo Conselho e será submetida a assembleia de acionistas em 1º de setembro", disse.

Trata-se do último passo da empresa para se tornar uma companhia de capital pulverizado, sem controlador definido, com novo Conselho de Administração e novo estatuto social, segundo o executivo. Após a análise dos acionistas, a Oi abrirá período de 30 dias para a conversão voluntária de ações preferenciais em ordinárias.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasServiços3GTelecomunicaçõesOperadoras de celularBrasil TelecomOiTelemarEmpresas portuguesasTelefonia

Mais de Negócios

O novo dono das cápsulas: Nestlé anuncia mudança no comando da Nespresso

Get in the Ring 2025: inscrições abertas para o duelo de startups no ringue

Aço Gerdau está presente na maior rampa de skate do mundo, em Porto Alegre

Quatro empreendedores que provam que um negócio de sucesso pode nascer do fracasso