Loja da Oi em São Paulo (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.
Rio de Janeiro - O acordo entre Oi e TIM para compartilhar a rede está avançado, na avaliação do diretor de Inovação e Novos Negócios da Oi, Pedro Ripper. Sem estabelecer quando começa o compartilhamento, o executivo esclarece que o início independe dos prazos estabelecidos pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). "Temos 12 mil torres das quais 6 mil partilhadas. O próximo passo natural é entrar em elementos de rede. O acordo com a TIM está bem desenhado e possibilitará que as duas empresas tragam mais qualidade", declarou o executivo.
De acordo com Ripper, a empresa continua estudando a venda de ativos não estratégicos, como torres alienadas em 2012. "Vamos ver o que é chave e crítico para o negócio e o que não é." A venda desses ativos, acrescentou, é uma forma de acelerar os investimentos prioritários da operadora. A meta investimentos da Oi neste ano é de R$ 6 bilhões.
Sucessão
Um dos controladores do grupo Oi e presidente da Andrade Gutierrez, o empresário Otávio Azevedo, afirmou que o processo de sucessão na companhia deve levar de quatro a cinco meses, um período, na visão dele, "normal" para a escolha de um presidente. "Não é um processo simples, mas está caminhando de forma normal".
Os executivos participaram no início desta tarde de um evento em que a Oi firmou acordo com a Marinha para prestar serviços de telecomunicação na Estação Antártica Comandante Ferraz. O trabalho havia sido interrompido em fevereiro do ano passado devido a um incêndio na base brasileira.
Azevedo não quis falar da nova multa recebida pela Oi nesta quarta-feira da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a terceira em menos de uma semana (no valor de R$ 338.889,72 para TNL PCS e R$ 234.847,84 para a BrT), mas teceu comentários sobre a desoneração de equipamentos para redes.
Na última segunda-feira (18), o governo federal publicou um decreto que regulamenta a aplicação do Regime Especial de Tributação do Programa Nacional de Banda Larga para Implantação de Redes de Telecomunicações (REPNBL-Redes), que corta impostos nas obras e compras de equipamentos ligados ao programa.
Questionado se a desoneração iria acelerar investimentos, Azevedo respondeu que a companhia se antecipou à decisão do governo, dizendo que "todo projeto que puder trazer melhorias de negócios para a Oi, nós vamos fazer. Nós somos investidores".