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Oi propõe reduzir prazos de carência em plano de recuperação

O conselho também propôs emissão de 2,8 bilhões de reais em novo bônus para credores classe 3 com conversão

OI: no que se refere a dividendos, a empresa propôs que, após a venda de ativos relevantes do grupo, haverá distribuição para credores de 50% do resultado líquido das venda (Nacho Doce/Reuters)

OI: no que se refere a dividendos, a empresa propôs que, após a venda de ativos relevantes do grupo, haverá distribuição para credores de 50% do resultado líquido das venda (Nacho Doce/Reuters)

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Reuters

Publicado em 22 de março de 2017 às 22h18.

São Paulo - O conselho de administração do grupo de telecomunicações Oi divulgou nesta quarta-feira novos termos para o plano de recuperação judicial da empresa, propondo aos credores redução de prazo de carência de pagamento de juros e de principal, além de emissão de bônus.

A proposta atualizada reduz os prazos de carência para pagamento de juros e do principal aos credores das chamadas classe 2, classe 3, incluindo àqueles que aderirem à conversão de créditos em ações da companhia.

O plano prevê agora um corte no prazo de carência de pagamento de juros de 7 para 4 anos no caso de credores classe 2.

No caso de credores classe 3 o prazo foi reduzido de 7 para 6 anos e a taxa de juros passa de 8 por cento ao ano para o equivalente a 65 por cento do CDI. Já a carência proposta para pagamento do principal da dívida foi reduzida de 10 para 6 anos para ambas as classes.

O conselho também propôs emissão de 2,8 bilhões de reais em novo bônus para credores classe 3 com conversão, além de 3,9 bilhões de reais em um bônus conversível.

A companhia agora também propõe que os credores dessa classe recebam ações na partida. O novo bond proposto não poderá ser resgatado antes do vencimento em 2027. Os bonds conversíveis poderão ser convertidos no 36º mês.

No que se refere a dividendos, a empresa propôs que, após a venda de ativos relevantes do grupo, haverá distribuição para credores de 50 por cento do resultado líquido das venda, observando diretrizes de recomposição mínima do caixa.

A empresa também propôs amortização pro rata de credores financeiros e fornecedores ao saldo da dívida no momento do pré-pagamento, além de quitação das parcelas em ordem cronológica de vencimento.

A Oi, no entanto, limitará o pagamento de dividendos enquanto a proporção de dívida líquida/Ebitda for maior do que 2,5 vezes.

A Oi encerrou 2016 com dívida líquida de 40,3 bilhões de reais e Ebitda de 6,7 bilhões de reais.

Acompanhe tudo sobre:OiRecuperações judiciais

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