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Oi nomeia Eurico de Jesus Teles Neto como CEO interino

Teles Neto acumulará o comando da companhia com a diretoria jurídica até que o conselho administrativo delibere sobre a substituição permanente

Oi: Marco Schroeder saiu numa fase crucial de um dos maiores processos de recuperação judicial da América Latina (Agência Reuters/Reuters)

Oi: Marco Schroeder saiu numa fase crucial de um dos maiores processos de recuperação judicial da América Latina (Agência Reuters/Reuters)

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Reuters

Publicado em 27 de novembro de 2017 às 07h45.

São Paulo / Lisboa - A operadora de telefonia Oi SA, em recuperação judicial, nomeou Eurico de Jesus Teles Neto como presidente- executivo interino após Marco Schroeder ter renunciado ao cargo na sexta-feira, disse a empresa em fato relevante enviado ao mercado.

Teles Neto acumulará o comando da companhia com a diretoria jurídica até que o conselho administrativo delibere sobre a substituição permanente, disse a empresa em fato relevante divulgado na noite de sexta-feira.

Schroeder saiu numa fase crucial de um dos maiores processos de recuperação judicial da América Latina, após profundas brechas entre a diretoria e o conselho de administração da empresa, conduzida pelos acionistas alinhados com Nelson Tanure. Schroeder, nos últimos meses, instou os acionistas e credores a fazerem concessões, enquanto o conselho ficou preso numa proposta de reestruturação rejeitada pelos principais grupos de detentores de bônus.

Uma porta-voz da Pharol SGPS SA de Portugal, quepossui cerca de 27,5 por cento das ações com direito a voto da Oi e é parte de uma bloco de acionistas controladores, disse anteriormente na sexta-feira que foi informada da decisão de Schroeder de demitir-se.

As ações ordinárias da Oi estenderam as perdas efecharam em queda de 4 por cento após a Reuters, citando três fontes com conhecimento da situação, ter reportado que Schroeder tinha apresentado a sua renúncia na tarde de sexta-feira.

A Oi está a duas semanas da crucial votação em Assembleia Geral de Credores de uma proposta de reestruturação de dívida de 65 bilhões de reais, tendo em jogo o destino do maior operador de telefonia fixa da nação e mais de 100 mil postos de trabalho.

Em outubro, a Agência Nacional de Telecomunicações ameaçou intervir na operadora se houvesse mudança na diretoria.

No entanto, uma fonte do governo disse na sexta-feira que a partida de Schroeder não tornou a intervenção mais provável. A fonte, que pediu anonimato devido à sensibilidade do problema, disse que as conversações para tirar a operadora de telefonia de recuperação judicial continuarão sob o novo comando.

Qualquer plano de reestruturação aprovado pela administração ainda deve ser aprovado pela Anatel antes de ser apresentado ao tribunal de falências, acrescentou a fonte.

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