Loja da Oi: a empresa, atualmente em recuperação judicial, deve focar na renegociação de sua dívida de R$ 65 bilhões (.)
Karin Salomão
Publicado em 20 de outubro de 2016 às 10h18.
São Paulo - A Oi não deve vender os ativos que possui no Brasil, afirmou o presidente da companhia, Marco Schroeder.
A empresa, atualmente em recuperação judicial, deve focar na renegociação de sua dívida de R$ 65 bilhões, disse ele no evento Futurecom, e pode vender as participações que tem fora do país.
Entre elas, há quatro participações em empresas de telefonia móvel na África, muitas vezes líderes de mercado, e no Timor Leste, de acordo com a Folha de S.Paulo. O jornal afirma que já houve negociações com interessados nesses países, mas ainda não apareceram ofertas justas.
A venda de ativos no Brasil ocorrerá só depois do fim da recuperação judicial. A busca de novos sócios também não está nos planos de Schroeder, segundo o Valor Econômico. Para o presidente, a proposta de entrada de um novo sócio não aconteceria na rapidez que a renegociação da dívida bilionária exige.
Interessados
Ainda assim, há diversas empresas e empresários interessados na companhia brasileira ou em partes dela.
O bilionário egípcio Naguib Sawiris é um dos que mostrou interesse em comprar a Oi logo depois que ela entrou com o pedido de recuperação judicial. Dono de uma participação majoritária na Orascom Telecom, grupo de telecomunicações egípcio que atua principalmente em países emergentes, é o segundo homem mais rico do Egito.
O russo Mikhail Fridman também fez uma proposta pela companhia de telecomunicações, contanto que ela se unisse à Tim. A Tim, por outro lado, afirmou que irá se manter afastada da Oi, que sofre com problemas próprios e não concernentes à indústria.
A América Móvil é outra companhia disposta a comprar ativos de fibra ótica da Oi em São Paulo. O presidente do grupo mexicano de telecomunicações, Daniel Hajj, também afirmou que poderia fazer uma oferta de aquisição de parte da Oi.