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Oi busca redução de custos e geração de caixa em 2015

Presidente anunciou medidas após o grupo ter divulgado um prejuízo de 4,4 bilhões de reais para o ano passado


	Bayard Gontijo, presidente da Oi: "este é um ano que vamos focar em geração de caixa, redução de custos e controle dos investimentos"
 (Divulgação/Oi)

Bayard Gontijo, presidente da Oi: "este é um ano que vamos focar em geração de caixa, redução de custos e controle dos investimentos" (Divulgação/Oi)

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Da Redação

Publicado em 27 de março de 2015 às 14h38.

São Paulo - A operadora de telecomunicações Oi focará em redução de custos e geração de caixa em 2015, disse nesta sexta-feira o presidente da empresa,  Bayard Gontijo, após o grupo ter divulgado um prejuízo de 4,4 bilhões de reais para o ano passado. 

"Este é um ano que vamos focar em geração de caixa, redução de custos e controle dos investimentos", disse Bayard, em teleconferência com analistas.

"Temos que melhorar o fluxo de caixa, há esforço para transformar o negócio." Segundo o executivo, a Oi criou recentemente uma diretoria para tratar especificamente do corte de custos e os resultados poderão vir já no primeiro trimestre.

"Temos reuniões semanais para analisar todas as linhas dos custos para melhorar em todos os aspectos, e (quadro de) pessoal é uma das linhas", disse o executivo.

"Vamos analisar a estrutura de nossa corporação e ver como podemos melhorar", declarou, completando que os investimentos de 2015 dependerão do grau da redução das despesas. Ele não forneceu projeções para os investimentos este ano.

Sobre a venda de ativos da Portugal Telecom para o grupo francês Altice por 7,4 bilhões de euros aprovada por acionistas no início deste ano, Bayard disse esperar concluir o negócio até o fim do segundo trimestre, quando os recursos entrarão no caixa da companhia.

A Oi pretende manter esses recursos em caixa para futuramente "tomar a melhor decisão" sobre o uso do dinheiro, afirmou o executivo.

A Oi segue trabalhando para vender seus ativos na África e poderá haver avanços sobre o tema no segundo semestre, segundo Bayard.

A companhia tem ainda torres de telefonia e propriedades que podem ser vendidas, e está conversando com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para saber quais ativos não fazem parte da concessão pública e podem ser monetizados.

Novo mercado 

O presidente da Oi afirmou não ter havido progressos na ida da Oi para o segmento Novo Mercado da BM&FBovespa, mas disse que essa migração "será feita" e, nesse interim, a Oi buscou estruturas temporárias. Na quinta-feira, a companhia propôs à Telemar Participações uma conversão voluntária de ações preferênciais em papéis ordinários como uma das alternativas para lidar com o atraso na migração para o Novo Mercado.

Consolidação

Bayard reafirmou que a consolidação do setor de telecomunicações no Brasil beneficiaria o mercado e as empresas.

Em agosto do ano passado, a Oi anunciou ter contratado o banco BTG Pactual para desenhar uma proposta de compra da TIM Participações.

A eventual aquisição ocorreria em parceria com as concorrentes Vivo e Claro, disseram fontes naquela época.

"Seria positivo se a consolidação ocorresse. A Telefónica apenas concluiu a compra da GVT, vamos ver como as coisas evoluem", disse o presidente da Oi, sem dar mais detalhes.

O grupo de telecomunicações teve prejuízo líquido consolidado de 4,42 bilhões de reais no quarto trimestre, revertendo lucro visto um ano antes diante de impactos contábeis gerados pela venda de ativos da Portugal Telecom.

Às 12h46, as ações preferenciais da Oi subiam 2,46 por cento e as ordinárias avançavam 2,94 por cento, revertendo perdas iniciais, enquanto o Ibovespa, do qual fazem parte apenas os papéis sem direito a voto, perdia 0,97 por cento.

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