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OGX vai produzir 50 mil barris por dia no 2º tri de 2013

A OGX deu início à produção do seu primeiro óleo, em Waimea, no dia 31 de janeiro deste ano

Equipe de exploração da OGX: empresa negocia vendas na Bacia de Campos (André Valentim/EXAME)

Equipe de exploração da OGX: empresa negocia vendas na Bacia de Campos (André Valentim/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 29 de maio de 2012 às 18h49.

Rio de Janeiro - A produção de petróleo da OGX, empresa do empresário Eike Batista, deverá atingir entre 40 mil e 50 mil barris diários no segundo trimestre de 2013, disse o presidente da companhia, Paulo Mendonça.

A empresa esperava chegar a esse patamar ainda em 2012, com quatro poços em fase de extração no complexo de Waimea, na bacia de Campos. Mas a OGX optou por reduzir o volume na fase de Teste de Longa Duração (TLD), como é chamado o início da produção de um poço.

"Estamos produzindo com a injeção de água e precisamos equilibrar isso. Se injetarmos água demais, vamos entregar o reservatório depletado. Estamos testando, mas com a produção atual, de 8,5 mil barris em cada poço, estabilizou", disse o presidente da OGX em entrevista à Reuters.

A OGX deu início à produção do seu primeiro óleo, em Waimea, no dia 31 de janeiro deste ano. Nos testes, a produção teve diferentes níveis de vazão, entre 10 mil e 18 mil barris por dia, para o avaliar o comportamento do reservatório.

Atualmente existem dois poços abertos, e a produção média está em 17 mil barris/dia. Com o início da extração no segundo poço, no início do mês, a produção chegou a subir de 11,5 mil barris de petróleo para 23 mil barris/dia (ao todo), disse ele.


Mendoça informou ainda que um terceiro poço em Waimea começará a produzir no segundo semestre de 2012. Isso fará com que a produção atinja entre 30 mil e 40 mil barris/dia até o final do ano.

Um quarto poço virá somente em 2013, e aí a produção pode variar entre 40 mil e 50 mil barris/dia.

Parte do complexo de Waimea tem volume recuperável de 110 milhões de barris segundo o Plano de Desenvolvimento apresentado à Agência Nacional do Petróleo (ANP), mas pode chegar a 150 milhões, segundo Mendonça.

A estimativa para todo o complexo de Waimea (que envolve outros campos) permanece entre 500 e 900 milhões de barris. A declaração de 110 milhões de barris abrange apenas uma parte do campo, Waimea Pequena, batizada de Tubarão Azul, onde opera a plataforma FPSO OSX-1.

Acreditava-se inicialmente que Waimea era um único campo, mas recentemente a OGX dividiu o complexo em vários reservatórios.

Segundo o presidente da companhia, essa divisão foi necessária porque descobriu-se que existem vários tipos de óleo, com diferentes graus API (22 e 24 graus) e que funcionam com diferentes pressões.

INVESTIMENTO O executivo disse que a companhia será capaz de manter seu agressivo plano de produção de petróleo mesmo se crise grega do euro e uma desaceleração chinesa chegarem a forçar os preços do petróleo para patamares baixos.


A empresa pretende iniciar a produção em Waikiki, batizado de Tubarão Martelo, em 2013.

"Mesmo se o petróleo chegar em 70 dólares ou 80 dólares o barril, podemos ganhar dinheiro, continuar os nossos programas", afirmou.

"Se cair ainda mais para 60 dólares ou 70 dólares por barril, um monte de empresas vai estar em apuros. Mas se chegar a 60 dólares o barril será temporário", acrescentou Mendonça.

O petróleo Brent já caiu cerca de 15 por cento desde o pico do ano de pouco mais de 128 dólares o barril no início de março, e agora está próximo ao valor do início do ano, em torno de 106 dólares o barril.

Uma patamar "bom" para a empresa seria acima do valor do Brent atual.

"Eu acho que entre 120 e 125 dólares por barril é um preço bom, mas o que realmente me assusta é se o petróleo vai a 150 dólares o barril, o que poderia realmente ferir a economia mundial."

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