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OGX reduz Conselho de Administração para dez cadeiras

O Conselho de Administração da petroleira OGX, do empresário Eike Batista, foi reduzido de 12 para dez assentos


	 

	A OGX é controlada pela EBX, holding do Grupo de Eike, de capital fechado, com 61% de participação acionária. Os demais 39% estão distribuídos no mercado (Divulgação)

  A OGX é controlada pela EBX, holding do Grupo de Eike, de capital fechado, com 61% de participação acionária. Os demais 39% estão distribuídos no mercado (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

Rio de Janeiro - O Conselho de Administração da petroleira OGX, do empresário Eike Batista, foi reduzido na Assembleia Geral Ordinária desta segunda-feira, 29. Dos 12 assentos do quadro anterior, restaram dez. A decisão foi do acionista controlador, informou a empresa, sem dar detalhes sobre as motivações da medida.

A OGX é controlada pela EBX, holding do Grupo de Eike, de capital fechado, com 61% de participação acionária. Os demais 39% estão distribuídos no mercado.

As assembleias com acionistas da OGX - a ordinária (AGO) e a extraordinária(AGE) - foram marcadas por um clima de preocupação por parte dos minoritários.

Na reunião, que durou cerca de três horas, dez pequenos investidores tentaram obter respostas sobre a capacidade de a empresa dar continuidade a seus projetos. O diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Roberto Monteiro, foi bombardeado por questionamentos sobre a produção no campo de Tubarão Azul e dificuldades no funcionamento de sondas.

Os acionistas minoritários tentaram saber também se as informações sobre a venda de participações da petroleira e de seus ativos, como divulgado na imprensa, são verdadeiras. E ainda se a OGX irá participar da próxima rodada de licitações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Para todas as questões, a resposta foi a mesma: a empresa avalia as oportunidades.

O grande temor dos pequenos investidores é que Eike decida fechar o capital da empresa e, com isso, eles sejam obrigados a vender suas ações a um valor muito inferior ao pago no passado.

"Acreditei em Eike, entrei no jogo e agora estou preso. Conforme as ações foram caindo, fui comprando, acreditando que, em algum momento, iriam subir. Mas, daqui a pouco, irão valer centavos", disse o médico paulista Rogério Kuga, dono de 114 mil ações ordinárias da OGX.

Ele veio ao Rio de Janeiro com a família especialmente para participar das assembleias. Na sede da OGX, tentava obter da diretoria da petroleira informações que lhe assegurassem que seu investimento não irá virar pó.


"É estranha a postura da empresa.Eles (os diretores) não deixam ninguém entrar na cúpula", reclamou o investidor sobre a negativa da empresa em aceitar a reivindicação dos minoritários por dois assentos no Conselho de Administração.

Os pequenos investidores afirmaram que voltarão na próxima assembleia e, mais uma vez, tentarão instalar na empresa um Conselho Fiscal, com assento para os minoritários.

Um grupo de 131 minoritários se encontra frequentemente nas redes sociais. Eles disseram conversar diretamente com Eike por meio da internet.

"Eike nos prometeu uma reunião para falar sobre o andamento da empresa, mas o encontro nunca aconteceu", reclamou William Magalhães, que, com a procuração de outros quatro minoritários, tentou um assento no Conselho de Administração da empresa.

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