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OGX e OSX vão pedir recuperação judicial, diz revista VEJA

Se concretizado, o pedido será histórico entre as empresas listadas no Ibovespa, o índice mais importante da bolsa brasileira


	O empresário Eike Batista: recuperação judicial à vista
 (Jonathan Alcorn/Bloomberg)

O empresário Eike Batista: recuperação judicial à vista (Jonathan Alcorn/Bloomberg)

Diogo Max

Diogo Max

Publicado em 28 de setembro de 2013 às 12h02.

São Paulo – Dentro de duas semanas, OGX e OSX , respectivamente a petroleira e o estaleiro do ex-bilionário Eike Batista, vão pedir recuperação judicial. A informação foi publicada pelo colunista Lauro Jardim, na revista VEJA desta semana.

Na última sexta-feira, a ação da OGX chegou ao seu menor valor histórico (R$ 0,30), fruto dos receios dos investidores, que já previam o possível caminho para a petroleira. A ação da OSX também fechou em baixa e, hoje, vale menos de 1 real (R$ 0,71).

Se concretizado, o pedido será histórico entre as empresas listadas no Ibovespa, o índice mais importante da bolsa brasileira. Também deverá marcar o maior caso de fracasso no mundo dos negócios de que o planeta possivelmente já ouviu falar: nunca a fortuna de um homem caiu de US$ 34,5 bilhões para menos de US$ 1 bilhão em tão pouco tempo (pouco mais de 1 ano).

Segundo os cálculos da Bloomberg e Forbes, que medem a riqueza dos bilionários ao redor do globo, a fortuna do empresário brasileiro é menor que US$ 1 bilhão.

Em sua última entrevista, dada neste mês ao Wall Street Journal, Eike desabafou: "tentei criar riqueza para todo o país e, sem dúvida, eu sou o maior perdedor nessa história". Ele também culpou o seu mapa astral. "Se você olhar para o meu mapa astrológico, esse período não foi favorável para mim. O bom momento? Ele já começou, literalmente, este mês", afirmou o empresário.

A crise de Eike Batista começou por uma quebra de confiança. Em meados do ano passado, a OGX rebaixou a previsão de produção Tubarão Azul, seu principal campo de petróleo, de 20.000 barris diários para apenas 5.000. O fato gerou uma crise de credibilidade que arrastou todas as empresas de capital aberto do Grupo EBX e, com ele, a fortuna de Eike.

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