Eike Batista, dono da MPX: estimativas de gás excedem à necessidade da empresa (Marcelo Correa/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 18 de abril de 2011 às 12h12.
São Paulo - A MPX divulgou, nesta segunda-feira (18/4), as estimativas para as acumulações de gás natural na bacia do Parnaíba, exploradas em parceria com a OGX. De acordo com a empresa, os recursos contingentes e prospectivos totalizam 11,3 trilhões de pés cúbicos de gás.
Segundo comunicado à Bovespa, as estimativas se baseiam em relatório da consultoria independente DeGolyer & MacNaughton (D&M), especializada em petróleo e gás. A MPX informou que as estimativas excedem “significativamente o volume necessário para suprir os 4 gigawatts de capacidade de geração que a MPX desenvolverá na região”.
Além disso, a D&M aponta recursos prospectivos de 96 milhões de barris de petróleo. A participação da MPX corresponde a 2,6 trilhões de pés cúbicos de gás, com potencial para chegar a 13,3 trilhões de pés cúbicos e 500 milhões de barris de óleo.
Parceria
A OGX Maranhão é uma parceria entre duas empresas de Eike Batista – a MPX, com 33,3% de participação, e a OGX, com 66,7%. A OGX Maranhão detém 70% dos direitos de exploração de sete blocos terrestres no Parnaíba. Os 30% restantes pertencem à Petra Energia.
Recursos contingentes são aqueles já identificados em jazidas conhecidas, mas que ainda não têm potencial de exploração comercial por diversos motivos, como a necessidade de desenvolver estudos complementares, ou de criar tecnologias de exploração, ou mesmo por falta de condições de mercado (contratos de venda ainda não em vigor, ou necessidade de implantar infraestrutura de exploração).
Já os recursos prospectivos são aqueles estimados a partir de jazidas ainda desconhecidas. Para explorá-las, é necessário o desenvolvimento de projetos futuros, ainda sujeitos a riscos e incertezas.