São Paulo – Após anunciar a paralisação do desenvolvimento de três poços no Campo de Tubarão Azul, a OGX precisou prestar esclarecimentos à Comissão de Valores Mobiliários sobre o pagamento de 449 milhões de dólares que terá de fazer à OSX. O estaleiro do grupo EBX, de Eike Batista, irá receber o montante porque precisou interromper a construção de algumas plataformas que seriam usadas pela petroleira nos poços exploratórios suspensos.

Por meio de fato relevante, a companhia afirmou, nesta quarta-feira, que o desembolso que será feito não atrapalha os planos da companhia. O montante será pago com os recursos que  a OGX vai receber pela venda de 40% dos blocos exploratórios BM-C-39 e BM-C-40. O negócio foi fechado com a Petronas por 850 milhões de dólares no início do mês passado.

“A  perspectiva do recebimento do valor, devido pela cessão de uma participação de 40% nos blocos, tem condições de assegurar recursos necessários para que possamos honrar com nossos compromissos de médio prazo.Na medida em que seja necessário caixa adicional, a companhia poderá ainda exercer a opção outorgada pelo seu acionista controlador”, afirmou a OGX, em nota.

Após interromper a explorações nos poços de Tubarão, a OSX decidiu também interromper a construção das plataformas flutuantes FPSO OSX-4, FPSO OSX-5, além da WHP-1, WHP-3 e WHP-4. O valor de 449 milhões de dólares será pago imediatamente e pelo acordo, aproximadamente 70% desse montante serão empregados no pagamento de custos de construção do FPSO OSX- 3 e WHP-2.

Segundo o comunicado, o desembolso à OSX será feito de forma imediata por duas razões: “primeiro porque, somente na aquisição de bens e serviços destinados à construção das unidades ora canceladas, a própria OSX já teve um desembolso de caixa de aproximadamente 383 milhões de dólares, sendo importante a imediata recomposição do seu caixa e segundo porque o pagamento imediato foi a contrapartida para a negociação do valor final que envolve um desconto da ordem de 30% em favor da OGX”.