Negócios

Offshore da JBS tem gerente na Suíça

Num contrato arquivado no cartório de Delaware (EUA), o suíço é quem assina pela Blessed Holdings

JBS: o escritório de Prospero admitiu que a offshore não tinha base na Suíça (Ueslei Marcelino/Reuters)

JBS: o escritório de Prospero admitiu que a offshore não tinha base na Suíça (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de junho de 2017 às 09h30.

Genebra - O gerente da empresa offshore criada pela fusão da JBS com o frigorífico Bertin, a Blessed, fica em Lugano, na Suíça. O Estado falou com o escritório de Andrea Prospero, que confirmou sua participação como "gerente", sem dar detalhes.

A informação sobre a existência de Prospero foi revelada pelo site O Antagonista. Num contrato arquivado no cartório de Delaware (EUA), o suíço é quem assina pela Blessed Holdings.

Ao falar por telefone com a reportagem, o escritório de Prospero admitiu que a offshore não tinha base na Suíça. O "gerente", por meio de suas assessoras, informou que não faria comentários porque não tinha "nada a dizer".

O site do escritório indica que eles são especializados em "montar e administrar empresas na Suíça e no exterior; abrir contas bancárias, providenciando informações para lidar com bancos de primeira classe". Outro serviço prestado por Prospero é o de consultoria fiscal.

Na Suíça, tal serviço de gestão de empresas offshore não é algo raro, mas envolve na maioria das vezes contas no país. De acordo com fontes do sistema financeiro, quando se escolhe um advogado como administrador, na realidade, a empresa é apenas de fachada.

Mistério

O Estado revelou que, desde 2009, a JBS tinha um sócio misterioso, a Blessed Holdings LLC, com sede em Delaware, paraíso fiscal nos EUA.

Com a divulgação das delações dos irmãos Batista, que dizem ter contado tudo à Procuradoria-Geral da República, a expectativa era a de que, finalmente, o mistério seria esclarecido. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasFrigoríficosJBSSuíça

Mais de Negócios

Empresa cresce num mercado bilionário que poupa até 50% o custo com aluguel

Como esta administradora independente já vendeu R$ 1 bilhão em consórcios

De food truck a 130 restaurantes: como dois catarinenses vão fazer R$ 40 milhões com comida mexicana

Peugeot: dinastia centenária de automóveis escolhe sucessor; saiba quem é