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Oferta para fechar capital da Chesf é cancelada

A companhia argumentou que a CVM atendeu à convocação de assembleia especial para deliberar sobre realização de um novo laudo de avaliação


	Chesf: a Chesf é uma empresa da Eletrobras, que detém 99,57% do capital total
 (Adriano Machado/Bloomberg)

Chesf: a Chesf é uma empresa da Eletrobras, que detém 99,57% do capital total (Adriano Machado/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 31 de outubro de 2014 às 11h03.

Acionistas da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) aprovaram na quinta-feira, 30, em Assembleia Geral Extraordinária o cancelamento da realização da Oferta Pública de Aquisição de Ações (OPA) que tinha por objetivo o fechamento de capital.

Na proposta para a assembleia, a Chesf apresentava como justificativa para o cancelamento da OPA o fato de que, em setembro, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) atendeu a pleito de acionistas titulares de 40,83% das ações em circulação para convocação de assembleia especial para deliberar sobre realização de um novo laudo de avaliação.

Na ocasião, a autarquia comunicou a Chesf da suspensão da análise da OPA.

"Inclusive em razão de toda esta polêmica que cerca a indenização e os ativos das concessões renovadas à luz da Lei nº 12.783/2013, é que os próprios acionistas minoritários estão questionando o valor das ações constante do laudo de avaliação da companhia", dizia a Chesf no documento.

A Chesf ainda dizia estimar que até o final do ano de 2014 o laudo esteja concluído e seja submetido ao órgão regulador, a Aneel. "Por questão de transparência e respeito da companhia junto aos seus acionistas, não seria adequado que a Chesf mantivesse a OPA em vigor, tendo ciência que dentro de alguns meses será apresentado à Aneel laudos de avaliação para fins de RBSE e indenizações de geração em valores diferentes daqueles que atualmente podem ser considerados para avaliação do preço de ações da OPA."

A Chesf é uma empresa da Eletrobras, que detém 99,57% do capital total. Até então, a OPA seria para 34.494 ações, com o Banco Fator como instituição intermediadora e que fez a avaliação econômico-financeira da empresa, no valor de R$ 205,45 por ação.

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