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Odebrecht vende concessões rodoviárias no Peru à Brookfield

O conglomerado brasileiro continuará a ter uma participação de 25% no negócio


	Odebrecht: no epicentro da Operação Lava-Jato e com acesso ao crédito dificultado, a empresa busca se desfazer de ativos
 (REUTERS/Rodrigo Paiva)

Odebrecht: no epicentro da Operação Lava-Jato e com acesso ao crédito dificultado, a empresa busca se desfazer de ativos (REUTERS/Rodrigo Paiva)

Luísa Melo

Luísa Melo

Publicado em 28 de junho de 2016 às 09h39.

São Paulo - A Odebrecht Latinvest, braço de investimentos em logística do conglomerado brasileiro, fechou acordo para vender 57% de sua empresa de concessões rodoviárias no Peru, chamada Rutas de Lima, para a gestora canadense Brookfield.

O conglomerado brasileiro continuará a ter uma participação de 25% no negócio. Uma outra fatia de 18% da companhia pertence à Sigma.

Segundo comunicado divulgado pela Odebrecht, todos os prorpietários "estão comprometidos a manter o ritmo de execução dos projetos que já estão em curso, que devem ser concluídos dentro do previsto".

A partir de agora, a concessionária vai se concentrar em melhorar os serviços e identificar novas oportunidades de aporte em infraestrutura, de acordo com a holding.

A Rutas de Lima abarca a exploração de 115 quilômetros das três principais rodovias de acesso à capital peruana, que interligam 23 distritos da cidade.

A prefeitura de Lima já foi comunicada oficialmente da transação.

A Latinvest foi criada pela Odebrecht em 2012 para consolidar as concessões rodoviárias que o grupo já havia conseguido no Peru e na Colômbia e para buscar outras oportunidades no ramo na América Latina – com exceção do Brasil.

Cenário

No epicentro da Operação Lava Jato e com acesso ao crédito dificultado, a empresa busca se desfazer de ativos para conseguir liquidez.

Além da Rutas de Lima, ela também já colocou à venda uma participação de 55% na construção de um gasoduto no Peru. Um acordo estaria próximo de acontecer.

As dívidas da companhia teriam saltado de 88 bilhões de reais em 2014 para 110 bilhões em 2015 e ela estaria negociando com credores mais de 25 milhões de passivos do setor agroindustrial e de óleo e gás.

Marcelo Odebrecht, herdeiro e ex-presidente da holding, completou um ano de prisão pela Lava Jato no último dia 19 de junho.

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