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Odebrecht levanta R$8 bi em financiamentos e negocia mais

O grupo, que é um dos alvos da Lava Jato, já acertou receber a quantia em linhas de crédito neste ano, e deve concluir outros financiamentos em breve


	Sede da Odebrecht, em São Paulo: a Odebrecht teve seu diretor-presidente, Marcelo Odebrecht, preso em 19 de junho
 (REUTERS/Rodrigo Paiva)

Sede da Odebrecht, em São Paulo: a Odebrecht teve seu diretor-presidente, Marcelo Odebrecht, preso em 19 de junho (REUTERS/Rodrigo Paiva)

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Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2015 às 18h11.

São Paulo - O grupo Odebrecht, um dos alvos da Operação Lava Jato, já acertou receber mais de 8 bilhões de reais em linhas de crédito em 2015 e deve concluir outros financiamentos em breve, disse nesta sexta-feira o diretor-presidente em exercício da companhia, Newton de Souza, em comunicado a funcionários obtido pela Reuters.

"Ao longo de 2015,tivemos mais de 8 bilhões de reais em operações contratadas e/ou desembolsadas em diferentes negócios da organização, e outras negociações relevantes estão em processo de conclusão muito proximamente", afirmou Souza.

No comunicado, o executivo lista realizações recentes de empresas do grupo, entre elas a vitória na licitação para construir a linha 2 do metrô da Cidade do Panamá e o projeto de renovação urbana de Colón.

Maior empreiteira do Brasil, a Odebrecht teve seu diretor-presidente, Marcelo Odebrecht, preso em 19 de junho. Ele e outros executivos do grupo foram acusados de serem protagonistas do esquema bilionário de corrupção envolvendo a Petrobras revelado pela Lava Jato.

Em 28 de julho, Marcelo Odebrecht virou réu para responder a processo acusado de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

No comunicado aos empregados da Odebrecht nesta sexta, o presidente em exercício afirmou que a companhia está empreendendo todos os esforços para libertar Marcelo Odebrecht e outros executivos presos "e para esclarecer perante a justiça e a sociedade todos os fatos aos quais as empresas de nossa organização vêm sendo relacionadas".

"Ressalto a nossa confiança no nosso sistema de conformidade (compliance), que contribuirá para a elucidação dos fatos", disse Souza.

Texto atualizado às 18h10
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